Que legal, o governo federal reajustou o "Bolsa Família" em 10%. O benefício passa agora de R$ 70 para R$ 77 mensais. A novidade anunciada pela presidente Dilma Houssef às vésperas do feriado do trabalhador, foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (02/05).
De acordo com o governo federal, a correção, também, vale para os benefícios variáveis do programa, pagos a famílias que tenham crianças ou adolescentes até 15 anos, gestantes ou bebês de até seis meses. Nesses casos, o valor subiu de R$ 32 para R$ 35. Esses benefícios variáveis são limitados a cinco por família, atingindo o valor máximo de R$ 175.
Já para quem tem o benefício variável vinculado a famílias com adolescentes entre 16 e 17 anos, o valor passou de R$ 38 para R$ 42, até o limite de dois por família. Os beneficiários começam a receber os novos valores a partir de 1° de junho.
Gente, mas essa "notícia boa" para os milhões de brasileiros, cabe também um reflexão.
A chegada do programa, mexeu com a cabeça de muita gente, gerando novos conceitos e comportamentos que desconfiguraram o projeto de seus reais objetivos. Como exemplo, no campo o lavrador abandonou a roça. Na cidade, o operário desistiu de procurar emprego. A doméstica deixou a casa de família. Eles abandonaram tudo, trocaram as ferramentas por uma conta no banco, sentaram-se na porta e passam o mês inteiro aguardando ansiosamente o dia de resgatar o benefício, este que passou a ser a renda exclusiva da casa. A dedicação agora é fazer filhos de forma irresponsável, sem planejamento, e o pior, esquecendo-se o que o futuro pode lhes aguardar.
Aliás, só agora eu entendo porque minha vizinha dizia que queria ter um filho a cada ano. Por questão de saúde, ela foi obrigada a fechar a fábrica depois de colocar no mundo mais de uma dezena de herdeiros da precisão. A missão agora é incentivar as filhas (que é maioria) a fazer o mesmo só para ganhar o Bolsa Família. E o resultado parece que tem sido a contento. A família cresce desordenadamente e sobrevivam em condições precárias e até sub-humanas. Um amontoado de crianças de todas as idades crescendo sem perspectiva de vida, e a mendicância conduz aquele lar.
O detalhe é que essa grana, que na teoria deveria ser destinada para garantir a educação desses inocentes, na prática se transforma em álcool para comemorar toda aquela miséria. É triste perceber que seja esta é a dura realidade de um programa criado como esperança para por um fim das desigualdades sociais do país.
Isso sem contar que o programa ainda é explorado por espertalhões dos aproveitadores que se beneficiam politicamente disso, como a troca de um cadastro por votos, por exemplo.
Quer dizer, se por um lado o "Bolsa Família" veio cheio de boas intenções, como a de acabar com a miséria no Brasil, por outro, fez foi gerar uma mão de obra ociosa e improdutivas, criando um círculo vicioso, onde pessoas abandonaram suas profissões, que em tese, renderiam muito mais para obrigar-se a eterna dependência de um pequeno recurso para sobrevivência. Chegou-se ao cúmulo da transformação de potenciais trabalhadores em legítimos preguiçosos e desocupados, que se acomodam com as honoríficas migalhas que caem pelos ralos da corrupção.
O "Bolsa Família" foi mais uma vez reajustado, mas as práticas sujas de seus administradores e as consequências aos usuários e ao país são as mesmas.
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