Neste primeiro post de 2020 vamos relembrar alguns fatos hilários que marcaram 2019, protagonizados por nossos estimados políticos, que acabaram soando como verdadeiras piadas. A maioria das trapalhadas veio do Palácio do Planalto, onde o presidente Jair Bolsonaro se assemelhou ao palhaço Tiririca, por suas declarações e comportamentos nada condizentes a um chefe de Estado, de fato sério e decente.
Entre os tantos abusos contra os mais diversos segmentos da sociedade, chegou a chamar de forma discriminatória nordestino de Paraíba. Com suas ideologias baratas atentou contra a dignidade de negros, indígenas, mulheres, gays etc, e até contra a igreja católica. E quando percebia que tinha "dado merda" [linguajar do presidente] tentava corrigir da forma mais faceira possível, do tipo, falou de negro, cola um homem de cor em suas aparições, um índio, uma mulher é assim sucessivamente.
Foi digno de circo as peripécias do presidente forçando a barra para emplacar como embaixador dos Estados Unidos o filho [que pensava que para merecer o cargo bastava saber fritar hamburguer na terra do Tio Sam], e puxou tanto o saco do presidente americano Donald Trump, que acabou levando um coice daquele que por algum momento imaginou ser seu grande amigo. Responsabilizou o ator americano Leonardo DiCaprio pelas queimadas na Amazônia, sendo desmentido publicamente pelo artista com nota que teve repercussão mundial. Culpou a Venezuela de Maduro pelo derramamento de óleo no litoral do Brasil, mas também foi desmentido, desta vez, pelo seu próprio governo.
Também apareceu nas igrejas neopentecostais, e se ajoelhou na frente do líder da igreja universal Edir Macedo, dizem que para selar um contrato bilionário com a Rede Record, numa espécie de juramento público ao bispo de que seu governo não investiria na Globo.
E que tal mandar o brasileiro fazer cocô um dia sim, um dia não? Realmente o presidente andou confundido a boca de falar com a de "cagar". Sem falar nas brigas com seus grandes aliados, a exemplo do deputado pornô Alexandre Frota, e a disputa pelo controle do PSL, tudo virou piada...
Mas no Maranhão também houve fatos pitorescos, dignos de boas gargalhadas, que também se encaixam perfeitamente no velho bordão do pessoal do PSTU: "Seria cômico se não fosse trágico". O blog do Adilson Carlos selecionou seis fatos entre local e nacional, especialmente envolvendo personagens maranhenses, dignos da classificação: comédia.
Mas vamos ao
TOP SIX das pérolas na política em 2019:
6ª posição - O governador Flávio Dino, após tanto criticar a Reforma da previdência proposta por seu desafeto político Jair Bolsonaro, e se posicionar contrário a qualquer atentado aos diretos do trabalhador, mal esperou a aprovação da PEC no congresso, bem como a sua sanção pelo presidente, foi o primeiro governador do Brasil a implantar a mesma reforma em seu Estado, vista como um ataque aos servidores públicos do Maranhão. Na prática, ao que parece, Dino tentava fazer política com assunto, visando destaque na mídia nacional, no seu devaneio de ser presidente da República em 2022, assim atacava seu rival, mas torcia pelo êxito da drástica medida contra os aposentados. Só faltou o comunista pedir na Assembleia Legislativa do Maranhão alguma honraria ao Capitão.
5ª posição - O grupo Sarney se reúne para definir o candidato a prefeitura de São Luís em 2020. Na lista: a titia Roseana Sarney, o sobrinho Adriano Sarney e o agregado Roberto Costa sonhando com a cadeira do La Ravardiere. Porém saíram da sala do jeito que entraram, e ninguém se habilitou. Costa saiu dizendo que Roseana era a candidata, mas deixando claro ao padrinho João Alberto, que se a "Branca" não quiser, que dê preferência a ele. Roseana se manteve em cima do muro, só respondia a imprensa: "talvez", "quem sabe", "pode ser e pode não ser", "vai depender das pesquisas", ou, "o meu sobrinho é um grande nome". O menino Adriano, por sua vez não disfarça o desejo incontido de querer ser o escolhido, especialmente pelo avô, o cacique Sarney, mas sempre jogando rosas para a titia. Aliás, comentam no bastidores que as rosas do menino tem espinhos camuflados. Da referida reunião apenas uma certeza: o cansado ex-senador João Alberto, atual mandatário do MDB no Estado bateu o martelo que irá disputar uma cadeira de vereador na cidade de Bacabal. Despencou na Política! E sobre o comando da sigla, o Carcará saiu cantando a marchinha de carnaval: daqui não saio, daqui ninguém me tira...
4ª posição - O ex-presidente José Sarney quis dar uma de mãe Diná, ou de seu saudoso líder espiritual Bita de Barão. Após a posse de Bolsonaro, e vendo que desta vez não teria vez num governo, andou prevendo que o Capitão não ficaria como presidente por seis meses. Resultado: Bolsonaro chegou aos 12, concluindo seu primeiro ano de mandato. E a previsão do oligarca o deixou de cara no chão. Será se haverá outra tentativa de acerto da raposa que vive cercando o galinheiro do Bozo?
3ª posição - O deputado Edivaldo Holanda [PTC] anuncia que o filho, atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior [PDT] disputará o governo do Estado em 2022. E afirma que o garoto tem o mesmo desejo. Claro, o Edivaldo pai, deve ter gostado de brincar com sua marionete, tanto, que sonha em repetir o feito, mantendo o filho pendurado por linhas entre seus dedos, só que desta vez no Estado. Então vão sonhando, Holandão e Holandinha em repetir no Estado a tragédia administrativa do pedetista, marcada por muitas mentiras e meias verdades, que São Luís nunca esquecerá, e o Maranhão terá como exemplo.
2ª posição - O presidente Jair Bolsonaro decide, e até manda publicar no Diário Oficial da União a exoneração de Kátia Bogéa da presidência do Iphan, e nomeando no seu lugar a arquiteta Luciana Féres. Porém, no dia seguinte voltou atrás, dizendo que houve equívoco, e desfez tudo, confirmando que Kátia continua firme e forte no comando do órgão. Especula-se ter havido um dedinho de Sarney, suspeito de ser o padrinho político da mesma, inclusive responsável por sua indicação ao cargo ainda no governo do aliado Michel Temer. Alguém deve tá dizendo pra Bolsonaro que Kátia é apontada como possível candidata a prefeitura de São Luís pelo grupo de Sarney, e isso deve ter dado uma dor de cabeça no Capitão, para a gradar seus aliados maranhenses.
1ª posição - O governador Flávio Dino [PCdoB], na ânsia de chegar ao Palácio do Planalto, saiu de São Luís caladinho para
visitar em Brasília nada mais, nada menos que o seu maior adversário político no Maranhão, o ex-presidente José Sarney [MDB]. Percebendo que a reunião às escondidas tinha vazado, Dino foi logo a sua rede social e escreveu que foi conversar com Sarney sobre os ataques de Bolsonaro à democracia. O teor real da conversa nunca foi divulgado, o que leva a suspeitar-se que o comunista tenha ido na verdade, tomar a benção ao velho Cacique, tentando costurar seu nome para 2022, com apoio irrestrito de quem ele chama de Oligarca, o que parece não ter dado muito certo. O papelão de Flávio Dino só foi bem avaliado por alguns integrantes mais próximos de seu grupo.