Enfrentando muitas dificuldades e trabalhando de sol a sol, com poucos recursos, inclusive com a remuneração indigna, eles estão diariamente andando nos bairros, de casa em casa, num combate incessante às doenças, principalmente aquelas proliferadas pelo perigoso mosquito Aedes Aegypti, como: zika, dengue, febre amarela e chikungunya, mas a impressão, pelo tratamento que eles tem recebido, é que para a gestão pedetista, isso pouco importa.
Em conversa com o blog, profissionais do setor revelaram, que para o fim da greve, houve um acordo entre firmado entre a Secretaria de Saúde do Município e o Sindicato da categoria. Neste tratado, o secretário de Saúde Lula Fylho se comprometeu a atualizar os valores atrasados da seguinte forma: pagou dois meses, e parcelou o restante, que será atualizado gradativamente nos próximos meses, quando os agentes receberão o valor do mês + um mês atrasado, até completar os seis que agora restam.
A proposta, porém não agradou a classe, que teme que esse acordo não seja respeitado pela gestão da saúde municipal. "Sinceramente temos dúvidas que o Lula Fylho vai cumprir com esse acordo, que foi feito, inclusive sem consulta aos agentes de endemias, apenas com o sindicato", comentou um Agente de Endemias, que não se identificou, mas teve sua manifestação ratificada pelos demais companheiros. Pela insatisfação, parece que o sindicato não vem representando bem os trabalhadores, senão vejamos:
Na quarta-feira (06/02) um grupo esteve na Câmara de Vereadores para obter de informações sobre o PL de autoria do Legislativo Municipal para o Executivo, aprovado por unanimidade pelos 31 parlamentares, no fim do ano passado, que muda o regime jurídico dos Agentes de combates às endemias e Agentes comunitários de saúde de São Luís, de celetista para estatutário.
"A Câmara faz um PL, autorizando o prefeito de São Luís a fazer a mudança do regime celetista para estatutário, que trará benefício a categoria, com mais segurança jurídica aos trabalhadores. Ele foi aprovado por todos os vereadores no dia 19/12/2018. Fomos informados pela Secretaria de Assuntos Parlamentares que ele já está no gabinete do prefeito Edivaldo Holanda Jr para sanção ou veto. Lembrando que São Luís é uma das poucas capitais que ainda não tem a mudança do regime jurídico. Vários Estados e Capitais e muitos municípios desse país já fizeram. É uma tendência nacional, e aqui nós estamos também lutando por isso", revela o agente Cleibson.
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| Mensagem da Secretaria de Assuntos Parlamentares enviada aos profissionais |
Apesar da expectativa dos profissionais ser grande pela sanção do prefeito à Proposta, um entrave poderá ocorrer no trâmite pela sua regulamentação. Eles denunciam que o próprio Sindicato da classe, atendendo interesses externos, estaria tramando por trás das cortinas do Palácio La Ravardiere pelo seu veto, inclusive, para isto, estaria buscando até o apoio do atual presidente do Legislativo Municipal Osmar Filho (PDT) para um boicote à Proposta que tem tido como grande defensor o ex-presidente da Casa, Astro de Ogum. Uma nota de repúdio já foi lançada pelos trabalhadores. Eis a íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
É lamentável saber que a própria entidade representante oficial da categoria dos agentes de combate às endemias está articulando nos bastidores, pedindo apoio contrário ao atual presidente da Câmara de vereadores e ao prefeito que os mesmos indefiram o projeto de mudança de regime de celetista para estatutário, ou seja, tentando destruir o sonho de estabilidade profissional e várias outras prerrogativas, garantias que os agentes deverão ter no regime estatutário.
Isto é inadmissível!
#ESTATUTÁRIO JÁ!
Se isto de fato é o que está acontecendo, trata-se de uma tremenda sacanagem do Sindicato com os seus representados! Vamos acompanhar o desfecho dessa trama típica de novela mexicana. Mas que tenha um final feliz para o personagem vítima dos vilões, ou seja, os trabalhadores.
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