“Todos perceberam que São Luís foi castigada por fortes chuvas. Só em janeiro e fevereiro choveu o dobro do mesmo período do ano passado. Com esses temporais não podemos realizar determinadas obras e serviços”, justificou o prefeito, que garante também que não se escondeu, como tem sido falado, mas tem dividido sua vida simples entre a prefeitura e as comunidades.
O prefeito se diz vítima de uma organização que teria objetivo meramente de lhe atingir para tirar proveito político. “Hora dizem que eu estou ausente da prefeitura, hora que eu estou ausente dos bairros. Para trabalhar pela cidade eu não preciso estar a todo tempo na mídia usando os problemas para fazer proselitismos político”, dispara o prefeito.
Ou seja, no discurso de Edivaldo, avaliado como satisfatório pelos seus aliados, não pela população, mostra, na verdade um prefeito acuado pelos problemas reconhecidamente por ele, e sem alternativas para superá-los neste momento (quem sabe no último ano de seu governo, né?). O período chuvoso, por tanto é seu calcanhar de Aquiles e a chuva uma maldição, na visão do gestor pedetista, que a classifica como castigo.
Por tanto, com as fortes chuvas que “castigam” São Luís é impossível governo holandista resolver problemas crônicos, na infraestrutura da cidade que está sendo engolida pelos buracos esparramados por todos os lados; na educação que estagnou e mantem fora da sala de aula milhares de crianças que estudam na rede municipal de ensino; na saúde que deixa o cidadão a mercê de um atendimento digno e que faz suas vítimas nos corredores dos Socorrões, onde falta tudo e sobram reclamações e muita revolta de pacientes.
Com as chuvas é impossível, por exemplo, reformar as escolas e respeitar o calendário escolar, como é impossível levantar o teto da Darcy Ribeiro, que há quase dois meses desabou sobre as crianças e até hoje os alunos estão sem aula, quando o prefeito garantiu que as crianças não seriam prejudicadas.
Aliás, o prefeito tem razão ao afirmar que tem gente se aproveitando dos problemas, mas por culpa da sua incompetência administrativa, já que dá grande margem para isso. Mas não pode dizer que a cidade está muito bem obrigada e que o povo feliz com sua administração. O Edivaldo pode até estar na prefeitura, agora dizer que está nas comunidades é muita demagogia, pois ele sabe que se o fizer, poderá até ser linchado, tamanha é a revoltada da população com sua inércia como gestor que tem alimentado problemas gigantescos que afetam o cotidiano e a tolerância do cidadão, o que piora a cada período chuvoso.
Quer dizer, sem alternativas para o momento e sem uma resposta plausível aos seus eleitores, além de um discurso evasivo, com a retórica de sempre em que procura algo ou alguém para culpar pelos seus erros que bloqueiam a evolução da cidade, Edivaldo joga a tolha e demonstra claramente que não tem competência de administrar São Luís em todas as estações. E se ainda pretende se candidatar a algum cargo público, na campanha, Júnior precisará explicar aos eleitores o seguinte: “olha gente, no meu governo, vamos trabalhar no verão, outono e primavera, menos no inverno porque é impossível". RÁRÁRÁRÁ Isso é uma brincadeira de muito mau gosto.
Enquanto o prefeito culpa Deus (dono da chuva), que segundo ele está castigando a cidade, a população é castigada com os buracos, crateras e lamaçais que tomam conta das vias públicas; com uma saúde abandonada; com uma educação jogada no lixo, com um trânsito sem semáforos e limitado aos discursos “canindéticos” mentirosos, um verdadeiro show de desrespeito da sua gestão à cidade em todos os setores.
Resta à população rogar em penitência: “Pelo amor de Deus, São Pedro para de chover”, senão São Luís vai afundar no mar da incompetência administrativa do Seu Edivaldo, que se instalou na cidade e parece não ter fim.
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