No vale tudo do governo Jarir Bolsonaro para a aprovação da
Reforma da Previdência, eis que o super ministro da Economia,
Paulo Guedes surge com a nova: se a proposta for aprovada no Congresso Nacional, o presidente deverá anunciar uma espécia de
"pacote de bondade" que pretende dar aos brasileiros em troca de
apoio popular à Proposta, que por sinal, não tem agrado ninguém em sã
consciência neste país.
Guedes disse
nesta terça-feira (27/03) que o governo pretende anunciar um pacote de "boas
medidas", que vão do barateamento de combustíveis a mais dinheiro do
pré-sal para as prefeituras, desde que o Congresso aprove as mudanças nas
regras de aposentadoria dos brasileiros.
Ora bolas, mas
até onde se sabe, em sua campanha eleitoral o Bolsonaro não falava em
reforma da previdência como salvação para o país, aliás, das poucas vezes que
tocou no assunto foi para condenar a mesma proposta que hoje defende com unhas e dentes. Como deputado a tratava como perigosa aos brasileiros, o que parece o certo.
Comungando com o então deputado federal Jari Bolsonoraro, especialistas
em direitos trabalhistas, movimentos organizados continuam alertando todos os dias que essa reforma (que
corre sério risco de ser aprovada pelos deputados e senadores, que se dizem
defensores do povo) irá causar danos catastróficos na vida da
população, especialmente dos menos favorecidos.
E porque não falam primeiro em reforma tributária, política, corte das vantagens imorais ao judiciário, a farra com dinheiro público na Câmara e Senado, nas Assembleias Legislativas, Câmara Municipais e nos Executivos Federal, Estaduais e Municipais, para depois tratar na previdenciária, de fato, justa? Porque não cobram os grandes devedores da previdência, não confiscam os "gatunos" que saquearam os cofres públicos nas últimas décadas?
Deputados e senadores se dividem entre contra, favoráveis e o que que apenas darão o golpe nos seus eleitores. E se estão tão conscientes que a Reforma é importante para o povo brasileiro, porque em seus instintos mercenários fazem lobby para apoiá-la, fazendo disso um balcão de negócio, ignorando o desastre anunciado caso ela entre em vigor?
É dito que se faz necessário
uma Reforma previdenciária, sim, mas não essa que visa exclusivamente atender as exigências do
capital estrangeiro, como querem implantar a qualquer custo. Pelas articulações de
"boca do caixa" na Câmara e no Senado ela passará na peneira das duas Casas, não
porque os parlamentares a entendam como necessária e eficaz, mas por puro oportunismo daqueles querem tirar vantagens pessoais visto que muita grana dizem estar em jogo nessa discussão.
Estão estrategicamente insistindo na ideia de que se a Reforma da Previdência não for aprovada pelos congressistas, o governo não vai poder trabalhar, os brasileiros vão ficar miseráveis etc. Então o governo do Bolsonaro se resumirá a pequenas agendas, como liberação de armas; escola sem partido; comemorações anuais de "golpe militar", censura, tortura e outras bobagens ideológicas que nada acrescentarão ao desenvolvimento do Brasil? E onde estão as propostas para uma economia forte, um país sustentável, que não mexa com pobres e miseráveis?
Essas
estorinhas que tentam plantar agora na cabeça dos brasileiros (lavagens psicológicas), de que se não
aprovar reforma da previdência o país vai parar, não haverá mais emprego, faltará comida, que os
preços vão subir, a inflação vai voltar, que o Brasil vai virar uma Venezuela etc, ou que o governo só terá condições de governar se ela passar, é pura "conversa fiada pra boi
dormir", ou no bom português, para enganar otário mesmo.
Repito, o
presidente não fez campanha tendo como prioridade a Reforma da Previdência, pelo contrário, até a condenava, porque então de uma hora para outra, após começar seu governo, ela torna-se a
prioridade das prioridades, a fórmula mágica pra tudo nesse governo?
Contem outra
que essa realmente não cola.
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