Luís Fernando Silva (PSDB) já é Secretário de Flávio Dino (PCdoB),
na Secretária de Estado de Programas Estratégicos, mas ainda não ficou muito
clara qual a estratégia dos Comunistas para o ex-prefeito de São José de
Ribamar, que pela segunda vez foi abduzido do cargo para assumir pasta em governos.
A primeira vez
há quase 10 anos, com a competência administrativa em alta, Luís Fernando renunciou a mesma prefeitura para reforçar o
secretariado de Roseana Sarney, tendo como promessa compensatória suceder a
então governadora, o que não aconteceu. Com alto índice de aprovação, se
rebelou com o grupo Sarney e abraçou Flávio Dino, sendo reconduzido a administração daquele município. Hoje, nos bastidores sobram especulações, entre elas que LF
estaria se preparando para ser o próximo governador do Maranhão ou até mesmo
concorrer a eleição para prefeito de São Luís em 2020, o que seria um desejo
pessoal seu. Mas uma fonte contou ao blog que o futuro político de Luís
Fernando será a geladeira.
Isso mesmo.
Segundo a fonte, a articulação é que, em meio a rejeição estrondosa que construiu
na sua última gestão em Ribamar, que hoje não se elegeria nem a inspetor de
quarteirão, lhe sobrará como prêmio de consolação (pela lealdade com Flávio
Dino) a sua indicação para o Tribunal de Contas do Estado, que terá vacância
para conselheiro com a aposentadoria de Edmar Cutrim, pai do ex-prefeito e atual deputado federal Gil
Cutrim e do deputado estadual Glaubet Cutrim, ambos
do PDT, aliados do senador Weverton Rocha, este último que sonha com o Palácio
dos Leões em 2022 e o outro com a mesma prefeitura que já foi pessimamente administrada pelo
filho Gil. Cutrim pai se desliga do TCE-MA ainda este ano.
Tudo pode ser
apenas coincidência, porém a estratégia é a mesma usada pelo governo Roseana para agraciar Washington Luís (PT), que ganhou o cargo de conselheiro
depois do fiasco na eleição de 2012 para a prefeitura de São Luís como
candidato do grupo Sarney, e sumiu da política. No governo Flavio Dino parece que ela pode se repetir para tirar Luís Fernando do foco de críticas e execrações públicas pela administração catastrófica que desenvolvia na cidade balneária. Como conselheiro do TCE ficará esquecido por muito tempo, e
quando aposentar-se, poderá ressurgir das cinzas para um eleitorado adormecido,
esquecido de tudo que aconteceu em uma época bem remota. Se bem que para o agora secretário, talvez
isso não faça tanta diferença, baseado no que revelou no programa "Resenha" da TV Difusora, que sua vocação era mais empresarial, e que teria caído na política por acaso. Assim sendo, sairá no lucro.
Aliás, caiu
como piada a declaração do ex-prefeito, na mesma
entrevista, ao fazer previsão para a administração do seu sucessor, de que tudo o que fez por São José de Ribamar Eudes Sampaio, vai poder fazer também. O problema é que o desgaste de Luís
Fernando foi exatamente por não ter feito nada daquilo que a população de São José de Ribamar tanto
esperava dele, como por exemplo, tirar o Município do buraco. Sobrou
decepção ao seu eleitor (inclusive históricos defensores), que já o aguardava em 2020 para dar o troco nas urnas.
E se o "competente" não fez nada (como alegam os munícipes), o Eudes fará milagre?
Portanto, se
for profética essa declaração de LF, seu sucessor também nada fará neste resto
de mandato, a não ser, muitas promessas para uma possível próxima gestão de
quarto anos, caso não seja excluído da disputa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário