São Luís agora vive a grande expectativa de ter uma saúde diferenciada. Assume a secretaria de Saúde nesta terça (25/07) Lula Fylho. E o homônimo do ex-presidente da República é descolado até no nome, isso mesmo, filho com Y, assim tem tudo pra ser diferente na pasta que assume, se var dar certo é uma incógnita que só tempo decifrará.
A propósito, parece que por aqui criaram a cultura que a Saúde só funciona com LULA. Primeiro no Estado, a turma achou que Lula era a solução e tirou o médico Marcos Pacheco, colocando em seu lugar o advogado Carlos LULA. Agora a turma fez o mesmo na prefeitura, exonera a médica Helena Duailibe (PMDB) e para o seu lugar chama o LULA Fylho (PCdoB), até então secretário de governo, braço direito do prefeito Edivaldo Holanda Jr. Quer dizer, enquanto LULA lá é visto como a solução para os problemas do país, LULA cá (independentemente do que seja) é solução para os problemas da saúde.
Mas a turma parece apostar, que não basta apenas ser LULA, o secretário de saúde para o município tem que ser administrador de empresa pra dar certo. Antes de Helena a pasta foi dirigida por um tal César Felix, administrador, que nem se sabe de onde surgiu, mas com ele a saúde andou muiiiito doente e chegou a UTI. Agora assuem Lula Fylho, o administrador e empresário do ramo de bares. Qualquer semelhança é mera coincidência, e se a coisa não funcionar, ao menos ele saberá como encher o "rabo" da turma de álcool, e o imperfeito parecerá mais que perfeito.
Aliás, o Lula Fylho parece ter sido agraciado pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr com esse cargo, depois das graves denúncias há pouco tempo de que ele (o Lula) sonegaria impostos para o município. Lula era acusado de se aproveitar do cargo de secretário da Semgov, e assim baixaria tributos de suas empresas na Semfaz para burlar o fisco em benefício próprio. Dizem que o esquema de evasão fiscal teria desviado cerca de R$ 200 milhões de reais da receita do município. O assunto que caiu como uma bomba no meio político, teve forte repercussão na Câmara Municipal, mas nada foi provado, ou melhor, nada foi explicado. E o Lula Fylho, que até recebeu férias, numa aparente estratégia palaciana para que a chapa esfriasse, volta agora por cima da carne seca. É como se fosse condecorado pelo prefeito por sua audácia. - “Você conseguiu vencer, Fylho, parabéns! Agora você será secretário da saúde”. RÁRÁRÁ
Agora cá pra nós, a queda de Helena era só uma questão de tempo. E não caiu só porque a saúde do município tem andado de muleta, não. Na dança das cadeiras na prefeitura ainda vai sobrar pra outros auxiliares do Edivaldo Jr. Como se sabe, para a nova administração holandista era previsto uma reforma administrativa, conforme os acordos das eleições, em que dançariam muitos secretários da primeira gestão, entre eles a própria Helena, que mesmo apresentando um trabalho relativamente bom, não era engolida pelo grupo, que costumava vê-la com muita desconfiança, por ser do lado oposto, ou seja, do grupo Sarney. Mas a permanência dela era garantida graças ao Edivaldo pai, que era quem dava as cartas na administração do Júnior, e portanto mantinha por lá intocáveis seus fiéis escudeiros, estes que aos poucos vão perdendo espaço na dança, visto que o velho tem se afastado da gestão por problemas de saúde. Assim, quem não ler a cartilha da turma, está fora. E dizem que a pressão é forte por parte da galera que recebeu a promessa da campanha eleitoral.
Suspense total no palácio La Ravardiere e a pergunta é uma só: Qual cabeça será a próxima a rolar? Dizem nos bastidores que a batata do Moacy Feitosa na Semed, por exemplo, está quase no ponto nessa fritura. Comunicação, idem, e por ai vai...
Vou me sentar no bar da esquina (que não é do Lula Fylho) e pedir uma loira bem gelada pra acompanhar tudo de camarote.
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