terça-feira, 22 de julho de 2014

EFEITO TIRIRICA: 254 SEMIANALFABETOS CONCORRERÃO ÀS ELEIÇÕES. TRÊS CENTENÁRIOS TAMBÉM

O levantamento apresentado nesta terça-feira (22/07) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que 254 candidatos com características de semianalfabetos, ou seja, que apenas sabem apenas ler e escrever, estão habilitados para disputar o pleito eleitoral de outubro. O assunto ainda poderá despertar alguma discussão. Outro dado curioso é que três candidatos tem mais de 100 anos de idade. Mas vamos aos números:

Segundo o TSE, 24,9 mil candidatos vão disputar 1.709 vagas para os cargos de deputado federal, estadual e distrital, senador, governador e presidente da República, além de suplentes para o Senado e vices.

O cargo mais concorrido é o de deputado distrital. São 1.003 candidatos para 24 vagas, o que representa uma concorrência de 41,79 por vaga. Deputado federal e estadual têm concorrência de 13,19 candidatos por vaga e 15,71 candidatos por vaga, respectivamente.

O partido que mais tem candidatos é o PT, com 1.323, seguido pelo PSB (1.264); Psol (1.221); PMDB (1.198); PV (1092) e PSDB (1086). A legenda com menos candidatos é o PCO (46).

Com relação ao grau de instrução, 45 % dos candidatos (11.429) têm curso superior completo. Cerca de 30% tem ensino médio completo, e 1% (254) apenas lê e escreve.

O número de mulheres que vão disputar as eleições de outubro subiu em relação ao pleito de 2010, quando 5.056 registraram candidaturas (22,4 % do total). Este ano, serão 7.437 mulheres (29,81% do total de candidatos).

Quanto à faixa etária, 60% dos registros são de candidatos que têm entre 40 e 59 anos. Três registros são de pessoas maiores de 100 anos. A maioria dos pedidos de registros são de empresários (9,3%); advogados (5,5%); deputados (4,28%) e vereadores (4,21%).

O primeiro turno do pleito deste ano será em 5 de outubro. O segundo está marcado para o dia 26, nos casos de eleições para governador ou à Presidência da República em que o primeiro colocado não obtiver 51% dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.

Com relação aos semianalfabetos, a preocupação aqui não é a de que eles não tenha direito de concorrer a uma eleição, mas as consequências no pós-eleitoral. Um exemplo clássico foi o fenômeno Tiririca, que após um expressivo resultado nas urnas, levantou uma série de especulações quanto ao seu grau de instrução. Alegavam que o famoso palhaço era analfabeto, e sequer sabia assinar o nome, quando na verdade conseguiu com facilidade finalizar todo um processo burocrático para habilitar sua presença nas eleições de 2010.

Na gangorra, Tiririca não caiu, pois conseguiram provar por A+B, que ele não era um analfabeto qualquer, e sim um analfabeto funcional, mas houve um grande desgaste tanto para o humorista, quanto para a justiça eleitoral.

E aqui mais uma vez fica a dúvida: será se alguns desses candidatos, que sabem apenas ler e escrever, não serão novos "tais" analfabetos funcionais?

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