E a sessão da Câmara Municipal de São Luís desta quarta-feira (26/04), que discutiria a UBER na capital, acabou não acontecendo, após vereadores ligados ao palácio La Ravardiere manobrarem para a não realização mesma, no dia em que o presidente Astro de Ogum decidiu, de uma canetada promulgar a lei que suspende o serviço na cidade.
Onze parlamentares compareceram ao plenário da Câmara no horário regimental para iniciar a sessão: Chico Carvalho - PLS (2º presidente), que presidiria os trabalhos; Josué Pinheiro (PSDB); Edison Gaguiunho (PHS); Genival Alves (PRTB); Francisco Chaguinhas (PP); Silvino Abreu (PRTB); Prof. Sá Marques (PHS); Fátima Araújo (PCdoB); Afonso Manoel (PMDB); Dr. Gutemberg (PSDB) e Paulo Victor (PROS). E foi de Paulo Victor a iniciativa de esvaziar o plenário. No momento em que Chico Carvalho fazia a contagem de presentes, o parlamentar do PROS, uma das vozes ativas do prefeito Edivaldo Holanda Jr na Casa, saiu, o mesmo fez Silvino Abreu (outro holandista), logo em seguida.
Segundo o regimento interno, 11 parlamentares em plenário dá quórum para começar os trabalhos, mas com a atitude dos dois edis, o presidente anunciou o fim da sessão, que entre os assuntos do dia, estava na pauta a suspensão do serviço UBER na cidade, atendendo a exigência dos taxistas, que fizeram protestos no dia anterior.
Enquanto isso, o presidente Astro de Ogum (PR) se reunia com um grupo de taxistas em outra dependência da Casa, e após conversa com a categoria, como prometera, promulgou a Lei de nº 119/2015, proposta pela ex-vereadora Luciana Mendes, que proíbe o uso do aplicativo Uber em São Luís, sem sequer levar ao plenário.
Segundo informação do presidente, essa lei que tinha sido aprovada pelo plenário no fim de 2016, foi encaminhada ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que nunca sancionou. Com a omissão do prefeito, a matéria retornou a Casa para uma eventual promulgação.
Atualmente tramita no mesmo legislativo, proposta de Paulo Vitor (o mesmo que esvaziou o plenário) que legaliza o serviço em São Luís, mas a questão barra no fato de ainda não haver uma legislação específica para o funcionamento do Uber no país.
Em São Luís, a novela ainda renderá novos capítulos, uma vez que profissionais que operam o serviço desde fevereiro não aceitam a decisão. Eles alegam que já fizeram investimentos altos, como compra de carros etc, e por isso vão continuar o trabalho e estão dispostos a ir pra briga.
Mas voltando a falar do não comparecimento dos edis a sessão de quarta-feira, o vereador Josué Pinheiro me confidenciou que a ausência dos parlamentares foi, digamos, proposital, para não discutirem o assunto em questão por sua delicadeza, uma vez que a maioria, inclusive ele próprio, é favorável ao funcionamento do serviço, porém muitos deles tem medo de se manifestar. "O povo precisa desse serviço, pois além de ser mais barato, trás competitividade e obriga os táxis a melhorar o atendimento", defende.
O que há de errado nisso? É que os vereadores omissos, assim como o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr enganaram esses trabalhadores durante a campanha política com mentiras, pois na garimpagem de votos, garantiram essa tão sonhada legalização (o mesmo que prometeram aos chamados "carrinhos"), e depois da eleição lhes deram as costas, e hoje, na cara de pau, num total desrespeito, ignoram os serviços e quem se habilitou para tal (acreditando neles), apreendendo carros, aterrorizando os trabalhadores que querem apenas garantir o sustento da família, com o argumento imbecil de ilegalidade dos mesmos, só para agradar os transportes legalizados.
O certo é que da forma como estão agindo, estes senhores demonstram-se tremendos irresponsáveis e covardes, pois viram a Uber se instalar na cidade em fevereiro, e como tinham rabo preso não fizeram nada, preferiram ficar caladinhos no canto e agora que o caldo derramou, não querem dar a cara a tapa, preferem se esconder em subterfúgios, e fogem do assunto como o diabo corre da cruz.
Na real, vergonha na cara e respeito com os cidadãos é o que esses senhores precisam ter!
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