ENTÃO CANINDEZÃO MENTIU? "QUEIMA DE EQUIPAMENTOS" É NA VERDADE FALTA DE PAGAMENTO, É ISSO PRODUÇÃO?

E o Canindé Barros, secretário Municipal de Trânsito e Transporte resolveu dar as caras para falar na imprensa dos motivos que tiraram do ar o sistema de recarga dos cartões estudantis, bem como apontar os supostos culpados pelos danos causados a estudantes. E advinha!!! Eximiu a prefeitura de qualquer culpa. Explicou que os equipamentos que alimentam o sistema queimaram por conta de uma sobrecarga na corrente elétrica que afetou toda a cidade de São Luís, ocasionado pelas chuvas que tem caído na Ilha, e garantiu que tudo voltaria ao normal ainda nesta quarta-feira (19/04), o que não aconteceu. Mas o que o Canindezão esqueceu de dizer é que, na realidade essa tal "queima de equipamentos" foi a mesma que ta atacando os pardais espalhados pelas avenidas da cidade.

Quando eu falei no meu programa de rádio sobre a justificativa do Secretário, recebi mensagens de alguns ouvintes mais bem informados que eu, afirmando que o tal problema no sistema de recarga de cartões de estudantes defendido por Canindé, foi na verdade ocasionado por falta de pagamento da prefeitura à empresa que mantém o sistema no ar. Não pagou, o serviço foi suspenso. Um ouvinte que se identificou como Júlio me contou que a referida empresa (os responsáveis) já estaria, inclusive ameaçando colocar a viola no saco e tirar pra fora, deixando de prestar os serviços porque ta levando calote da prefeitura, que não paga há vários meses.

E um outro ouvinte me confidenciou que o desaparecimento dos pardais (aqueles mesmo que multam infratores que excedem na velocidade, o que em tese garantiria uma receita para o município) das avenidas de São Luís tem ocorrido porque a SMTT também não estaria pagando a empresa.

Humm!!! Então quer dizer que o Senhor Canindé está mentindo com o negócio de sobrecarga na corrente elétrica e equipamento queimado, é isso produção? E porque demorou tanto tempo para se explicar sobre o caso? Ah, deve ter se reunido antes com o patrão Edivaldo pra inventar uma historinha de contos da Carochinha pra aplicar na população, não é mesmo? Algo que não respingasse na prefeitura, nem maculasse diretamente a empresa. Afinal, se jogasse a culpa na empresa, estariam ferrados! E culparam indiretamente a CEMAR e advinha quem mais? São Pedro, o mesmo responsável pelo desabamento das escolas.

Aliás, no meu programa eu consultei a CEMAR sobre essa suposta "sobrecarga na corrente elétrica" que teria afetado toda a cidade nesses dias, e me foi negado pela Gerência de Comunicação da empresa que isso tenha ocorrido da forma como relatou ou insinuou o Secretário. "Se houve algo foi na subestação da própria prefeitura, não na cidade", disse Luis Carlos. Quanto a São Pedro, infelizmente não tem como se defender e por isso vai continuar levando fumo.

Enquanto isso, estudantes fecharam a Avenida Beira-Mar em protesto para cobrar do prefeito Edivaldo Holanda Jr e do Secretário Canindé Barros uma resposta urgente, o que dificilmente ocorrerá com a brevidade que eles esperam. A solução de momento encontrada por Canindé foi contratar uma empresa urgente para voltar a fabricar os velhos passes escolares, que nós mais antigos usávamos quando éramos estudantes.

Ou seja, a prefeitura de São Luís, apesar de administrada por um jovem, anda como caranguejo, pra trás, retroagindo no tempo. Aliás, a ideia atual do passe é mais retrograda ainda que o passado, já que antes o estudante podia comprar uma, duas cartelas com 30 passes cada para o mês todo, hoje só pode comprar 10 unidades por dia, e se quiser os 30 tem que voltar todo dia pra enfrentar longas e revoltantes filas até chegar no ghichê. E assim será até o restabelecimento do sistema, sabe-se lá quando mesmo. E ainda querem que ninguém se revolte com essas patuscadas da prefeitura.

No prejuízo, os estudantes, por sua vez continuarão cobrando e o Canindezão, espertamente mentindo pra eles, coisas típica da administração do Senhor Edivaldo, que deveria ter na sua marca administrativa uma pata de caranguejo e um nariz de Pinóquio. Porque cá pra nós, vai andar pra trás e mentir assim lá na casa do chapéu.