Nada ficou definido na Audiência de mediação realizada no Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (16) entre o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET). Na reunião em que os trabalhadores denunciaram violação de direitos, os patrões apelaram para o reajuste nas tarifas de ônibus como solução para a austeridade a que tem submetido seus empregados.
No encontro conduzido pela Auditora Fiscal do Trabalho Mônica Duailibe, que além dos Rodoviários, participaram representantes do sindicato patronal (SET), do Consórcio Upaon-Açu, da Prefeitura de São Luís e da Agência de Mobilidade Urbana (MOB), o Sindicato dos Rodoviários, que denuncia o desrespeito dos empresários aos acordos celebrados entre as classes, listou os problemas enfrentados pela categoria, como os constantes atrasos de salários, a não concessão de direitos importantes como os planos de saúde e odontológico, além de trabalhadores atuando na função sem o registro profissional.
O SET se defendeu, alegando que descumpre itens da Convenção Coletiva de Trabalho porque a prefeitura de São Luís não tem garantido o reajuste necessário nas tarifas do transporte público da cidade. Segundo os empresários, mesmo com os reajustes concedidos recentemente, mês a mês, continua sendo difícil atender todas as garantias dos empregados.
Durante a Audiência, Mônica Duailibe constatou que algumas empresas que compõem o Consórcio Upaon-Açu, ainda nem efetuaram o pagamento deste mês dos trabalhadores, a exemplo da Planeta (São Benedito), que está projetando a regularização dos salários nesta semana. Em decorrência de todas essas irregularidades, a auditora fiscal se comprometeu a realizar fiscalizações nas empresas, para que seja verificada as condições que os trabalhadores estão exercendo a atividade.
Essa Audiência já havia sido remarcada, e mesmo assim, vários representantes do Consórcio Upaon-Açu, que é formado por oito empresas, deixaram de comparecer nesta segunda-feira. Uma nova reunião ficou agendada para o próximo dia 20, às 10h30 no Ministério do Trabalho e todos os empresários serão convocados, para que se chegue ao fim do impasse, que tem levado trabalhadores do setor a comer o "pão que o diabo amassou" nas mãos dos empresários.
Resultado de tudo isso? Sinal de alerta, que vai sobrar para os usuários do transporte coletivo.
É que com a licitação (tida como o grande trunfo do prefeito Edivaldo Edivaldo Holanda Jr (PDT) no setor) a prefeitura entregou o sistema aos empresários, mas parece não cumprir propositalmente com aquilo que foi acordado no tal processo licitatório, que era conceder o reajuste regular da tarifa para equilibrar as contas das empresas. Só que o prefeito se nega a fazê-lo para não se queimar ainda mais com o eleitor, e assim deixa a panela ferver.
Vendo Edivaldo Jr e Canindé Barros sentados na praça, dando milho aos pombos, os empresários descarregam nos trabalhadores, estes que se mobilizam, protestam, chegando a prejudicar a coletividade. Prefeito e Secretário, por sua vez, esperam o caldo ficar bem grosso pra darem uma resposta aos empresários, que deve ser bem justificada para a população absorver a necessidade do reajuste. E se a prefeitura não se dispor a bancar as empresas com um bom subsídio, mais um aumento de passagens será inevitável.
Então, usuários preparem os bolsos que ele vem aí.
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