Meninos eu vi, o vereador Raimundo Penha (PDT) dar um discreto puxão de orelha no seu colega Osmar Filho, também pedetista, no plenário da Câmara Municipal de São Luís.
Osmar, que conduzia os trabalhos na terça-feira (27/03), que contava apenas com 17 dos 31 edis, para dar uma colherzinha de chá aos vereadores que esvaziavam o plenário, resolveu ignorar o regimento interno, e por conta própria suspendeu a sessão por 5 minutos. Ao amuniciar a suspensão, foi imediatamente repreendido por Penha, que questionou se sua decisão estava baseada no regimento interno da casa.
Osmar tentou se explicar, alegando que o fez por questão de bom senso, para que os parlamentares que saíram retornassem, uma vez que temas importantes estavam na pauta do dia para serem tratados.
Penha calou-se. Em seguida, Osmar pediu a contagem de presentes, e vendo que os fujões não haviam retornado, deu por encerrada a sessão, menos de meia hora do seu início.
Coincidência ou não, os vereadores da base governista começaram a esvaziar o plenário no momento que o patriota Marcial Lima usava a tribuna, cobrando uma postura da Prefeitura, através da SMTT e da própria Câmara sobre as denúncias do Sindicato dos rodoviários que acusa os empresários do setor do transporte coletivo da capital de continuarem desrespeitando os direitos da classe. Os sindicalistas, inclusive ameaçam uma nova paralisação no sistema, por causa dos constantes atrasos nos salários e o não pagamento do plano de saúde dos trabalhadores.
Agora, cá pra nós, se perguntar não ofende: Será se o puxão de orelha que o Raimundo Penha (vice-líder do prefeito Edivaldo na Câmara) deu no colega de partido (que é vice presidente do legislativo e postulante a subir para a cadeira maior da casa), tinha meramente a intenção de adverti-lo a seguir fielmente o regimento interno Casa?
A advertência soou muito estranho, mas vou fazer de contas que isso não foi intencional, bem como acreditar que o caldeirão na Câmara de São Luís não está fervendo por trás da cortina na ferrenha disputa (como de abutres) pelo lugar do Astro de Ogum (PR), a quem os governistas querem destituir do cargo de qualquer maneira para sucedê-lo, nem que seja na base da "trairagem".
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