Enquanto ideologias e notícias oficiais do Palácio dos Leões badalam positivamente o tema educação do Maranhão, em São Luís, estudantes da Escola "Digna" Profª Joana Batista da Cidade Olímpica sofrem com os critérios estabelecidos pelo secretário Felipe Camarão para o Centro de Educação que funciona em tempo integral. Já se vai o primeiro trimestre letivo e alunos do 1º, 2º e 3º ano contabilizam 7 disciplinas sem professores desde o início do ano letivo, o que pode comprometer o rendimento escolar deles para etapas importantes da vida estudantil em 2018.
Etine Costa, mãe de aluno denunciou ao blog, que especialmente para o 2º ano, faltam 4 professores nas disciplinas de Química, Matemática, Espanhol e Artes. O motivo é que os contratos deles, encerrado ano passado não foram renovados pelo governo, que também não teve a prudência de providenciar substitutos a tempo.
"Quando as aulas começaram no mês de fevereiro já foi sem esses professores, que eram contratados e foram demitidos, e que governo não contratou mais ninguém pra substituir eles. A diretora é que ficou se virando pra 'tapar o buraco'. Só que ela não aguentou mais, cansou. Ela chamou os pais pra nos fazer ciente que as crianças tão saindo mais cedo, as 13h, porque ela não tem mais condição de continuar dando aula nessas salas todas", relata a mãe de aluno.
Etine, que tem duas filhas no CE nos contou ainda que, conforme informações da diretora da escola, a SEDUC ainda planeja realizar um seletivo para o dia 25 de abril, visando novas contrações para preencher essas vagas. Enquanto isso, a gestora tem buscado solução junto ao Camarão, mas sem êxito.
"A diretora nos explicou que já comunicou tudo ao secretário Filipe Camarão, e tem cobrado direto dele, mas não tem sido atendida. A única resposta da SEDUC é que haverá um seletivo pra professor no dia 25 de abril, quer dizer, só vão normalizar essa situação no segundo semestre, e o primeiro semestre já foi perdido", denuncia.
A grande preocupação dos pais é que seus filhos terão o rendimento escolar prejudicado, especialmente a participação deles nas provas do ENEM.
"O ENEM está ai, e como eles poderão realizar uma boa prova com essa educação cheia de falhas? Quer dizer, o governo fala em em educação digna, mas tratando o ensino com descaso, não tem nada de digno", desabafa a mãe.
E é assim minha gente, que no Maranhão, independentemente do governo que esteja no poder, seja situação, oposição, comunista, parece que em se tratando da educação que oferecem ao filhos de pobres neste Estado é sempre a mesma. Sobram ideologias baratas, notícias bonitas, mas na prática tudo indica que para eles é mais conveniente formar uma geração de cabeças de camarão.
Qualquer semelhança, é mera coincidência.
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