Como sinal que estaria em alta com o "chefe", o parlamentar anunciou todo feliz que o presidente Michel Temer (MDB) o nomearia para o MT, esquecendo-se, porém, que quem manda ainda é o seu líder maior, José Sarney. Ele mandou todo mundo ficar de olho no Diário Oficial da União do dia 29 de dezembro. E ainda fez questão de dar o recado: não foi indicação do Sarney. Todo mundo adquiriu o seu exemplar do D.O, mas na hora H ficou decepcionado, pois o nome do Pedro não estava lá, como garantira. O episódio foi subtendido como pura vingança do velho cacique.
Dia 02 de janeiro foi de explicações e justificativas. De um lado, Pedro acusa o José e o responsabiliza por vetar seu nome da lista dos queridinhos de Temer. Queridinhos de Temer são aqueles deputados e senadores que tem sistematicamente votado favorável a todo lixo que ele coloca na pauta do Congresso Nacional, e o Pedro Fernandes tem sido um dos fieis apoiadores das propostas Temistas que tem atacado gravemente a honra dos brasileiros. Do outro lado, Zé Sarney se defende, que não interferiu no veto da tal nomeação, e ainda acusa o Pedro de fraco e incompetente.
Resultado é que a "briguinha de comadres" foi parar na imprensa nacional, com grande repercussão nos telejornais das principais redes de televisões do país, gerando um mal estar danado para o Petebista Maranhense, que se viu desmoralizado diante da opinião pública, tudo que o Sarney queria.
Agora pra quem conhece um pouco de política e das astúcias do Oligarca, sabe muito do que ele é capaz, bem como é notório seu poder de influência dentro do governo Temer em decisões importantes. E quando o Zé diz que não interferiu na indicação do seu arque rival Flávio Dino (PCdoB) para o comando da Embratur, sabe-se que a época, embora estivesse de cama arriada no governo petista, o cenário era diferente. Hoje quem governa é o partido do Sarney, e as cartas de interesses tem passado também por suas mãos.
O problema é que o velho cacique nunca digeriu a debandada de Fernandes, seu fiel escudeiro para o colo de Flávio Dino, este que para acomodá-lo em seu governo, até criou uma pasta especial que absorveu o seu filho, o vereador Pedro Lucas, que em tese trataria de assuntos metropolitanos, mas que na prática, até hoje nunca apresentou resultados concretos. A decisão política de PF foi vista como traição ao seu grupo. E Sarney, com seu perfil rancoroso e vingativo não deixaria isso barato, só esperava o momento certo de enfiar suas unhas venenosas na garganta de seu hoje "adversário".
O desfecho desse episódio, porém, ainda acontecerá em outros capítulos, que o Sarney deseja ardentemente que ocorra já a partir do próximo ano, com a eleição de sua filha Roseana como governadora do Maranhão. Se ela ganhar, o Fernandes certamente se reintegrará ao grupo, mas terá tratamento de traidor. E o prato para servi-lo será a uma cuia bem pequena, rasa e suja nos fundos do Palácio dos Leões.
Ah, mas isso ai tudo foi o Roberto Jefferson (presidente do PTB) que tramou pra emplacar a filha Cristiane Brasil na pasta, passando a perna em Pedro Fernandes!!!
Alôôô!!!! Tem algum tolo ai????
Se fala de Zé. Não de Mané!
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