A cassação do Eduardo Cunha tem dado, e ainda vai dar muito que falar, pelas traições e pelas surpresas que estarão por vir, se depender do próprio. No Maranhão, destaque para os votos dos nossos 18 guerreiros que ocupam espaço na Câmara Federal. A maioria votou pela condenação, mas algumas atitudes de parlamentares maranhenses chamaram a atenção.
Quem diria, Waldir Maranhão (PP), um dos fervorosos aliados de Cunha apunhalando pelas costas aquele que tanto lhe deu a mão e o colocou no lugar de destaque como vice presidente da Câmara, que diga-se de passagem, até se chegou a cogitar a possibilidade do atrapalhado maranhense pousar de presente da República, numa possível dança da cadeira, com a queda de Dilma Rousseff. Contrariando sua conduta de político “fora da lei”, Waldir bancou uma de herói e disse “sim” para derrubar o piloto que auxiliava nas manobras na Câmara.
Já o seu "companheirinho" de partido André Fufuca (PP), preferiu tirar licença antes da votação, tirando também o dele da reta, jogando a bomba nas mãos do Ildon Marques (seu suplente), que votou “sim”. Aliás, nos porões de Brasília dão conta que a relação de André Fufuca e Eduardo Cunha, era uma coisa, do tipo pai e filho, tanto que o maranhense chamava o agora “cassado” carinhosamente de “PAPI”, “ai papi, poderoso!!! Lembram da novela global?
Outros dois maranhenses, também tiveram atitude típica de covardia e arregaram. Alberto Filho (PMDB) preferiu a abstenção. Vai que o Cunha fica, né garoto? Enquanto Júnior Marreca (PEN), caiu nas águas turvas e sumiu na correnteza, nem apareceu na Câmara, talvez aderindo a ordem do próprio Cunha que queria que seus aliados esvaziassem a sessão, não comparecendo ao plenário no dia, noite ou madrugada “D”.
E um ouvinte (do meu programa de rádio) me perguntou como tinha votado o Sarney Filho. Gente, o filho do Sarney pai está licenciado, ele é ministro do Meio Ambiente (de novo, agora do Temer), não vota. No seu lugar, Davi Alves Silva Jr declarou o “sim” pela cassação do homem que liderou o chamado "golpe" contra Dilma, e agora provou do próprio veneno.
Na realidade, dizem que votaram pela absolvição de Eduardo Cunha, somente aqueles que tinham o "rabo" muito preso a ele. Quem tem, digamos certa autonomia (condições de sobreviver aos ataques), podia condená-lo e salvar suas imagens nos seus respectivos estados. Mas certamente os “arregrões” do Maranhão tenham toda razão do mundo, porque o Cunha é vingativo, e eles devem saber as consequências disso. E para quem comeu com ele no mesmo prato e agora vomita nele, poderá ter a pior das surpresas!
Pelo visto, a novela “Cunha” só começou e aos aliados infiéis restam papeis nada cômodo nessa trama indecorosa. E como diria "os Raimundos", "Amanhã já miar... se segurar que aguente, Que ai vem chumbo quente".
Confira como votou cada deputado maranhense:
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