Uma obra da prefeitura de São Luís no mínimo digna de suspeitas de irregularidades é aquela iniciada há mais de dois meses pela Secretaria Municipal de Transito e Transporte no viaduto do Café no Outeiro da Cruz, o único elevado mais regular de São Luís. Uma fatídica intervenção de poucos metros na Avenida dos Franceses sentido Vila Palmeira-rodoviária, e na alça subindo para seguir sentido Anil parece nunca ter fim e levanta muitos porquês...
De acordo com a placa trata-se de uma redução de canteiro para alargamento de via, o que daria mais fluidez ao trânsito, mas ao que tudo indica pouco influenciará nessa melhoria imaginada pelo secretário Canindé, haja vista que ali o que mais dificulta o tráfego é a demora do semáforo no vermelho na rotatória com a avenida dos Africanos, levando-se em consideração ao volume de veículos nesse sentido principalmente em horários de pico. Mas a brilhante ideia "canindética" entendeu que o fluxo só normalizaria com a tal intervenção que de fato alarga a via no pé da alça do elevado, mas que vai estreitando mais a frente.
O problema porém, é que a obra já se arrasta por muito tempo para um simples e pequeno alargamento da via, na verdade poucos metros de serviço que por sinal, sua placa de serviço não tem as informações básicas obrigatórias para qualquer obra pública, como valor orçado e prazo para a conclusão da mesma. A impressão é que estão trabalhando a prestação, a passos de tartaruga, senão vejamos como funciona: os trabalhadores aparecem um dia, fazem uma escavaçãozinha e somem. Surge um trator fazendo uma raspagem, faz uns montes de entulhos e se vai. Mais alguns dias chegam uns homens, realizam um servicinho, depois somem. Tempos depois aprecem umas máquinas asfaltando, mas os operadores dos equipamentos desaparecem, as máquinas permanecem paradas no local por alguns dias, depois também tomam "doril". Porém há cerca de três semanas, nem homens, nem máquinas, nem nada nem ninguém aparecem no local, que permanece apenas "protegida" com uma cerca de redinhas de náilon. A obra está parada, deixando ainda o local com um aspecto muito feio e impedindo o acesso dos veículos pela alça de subida.
Além de desgaste emocional, para o condutor isso representa um consumo maior de combustível, pois quem pretende fazer uma conversão, subindo no sentido Anil ou fazer retorno para o conjunto Radional, Vila Palmeira etc, agora é obrigado a fazer uma percurso bem distante, indo até quase na rodoviária e voltar para pegar o destino que poderia ter sido feito com facilidade e economia no viaduto do Café, pela referida alça interditada. Pra complicar mais, a secretaria ainda fechou o retorno do cruzamento com a avenida dos Africanos e o motorista também perdeu essa acessibilidade na região.
Diante do fato, o cidadão se pergunta: O que de fato está acontecendo com a obra do viaduto do Café? Em quanto essa obra foi orçada e quanto está sendo gasto? Porque a placa de serviço não tem as informações obrigatórias sobre o valor e prazo para a conclusão? Porque um serviço simples está demorando tanto tempo para ser entregue pela SMTT? Essa era de fato uma obra necessariamente de urgência?
Enquanto não há resposta, apenas nuvens muito carregadas pairam sobre o local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário