Motoristas e cobradores de São Luis cruzam os braços nesta terça-feira (22/02), deixando a cidade sem ônibus por tempo indeterminado, salvo se os empresários pagarem ainda hoje o adiantamento que deveria ser repassado a categoria até no último dia 20.
Foi o que afirmou o assessor jurídico do sindicato dos Rodoviários, José Rodrigues ao programa Conexão 560 da Rádio Educadora na tarde desta segunda-feira.
Segundo o sindicalista, a greve é motivada pelo atraso no adiantamento salarial de 40% aos trabalhadores que as empresas deveriam ter pago até o último dia 20, prazo final acertado em acordo coletivo há anos, mas que desde 2015 vem sendo desrespeitado pelos patrões.
De acordo com Rodrigues, das 22 empresas que atuam na cidade, apenas duas já honraram seus compromissos: a Viação Pelé e a Pericumã. A Autoviária Matos que aparecia como a terceira empresa em dia com seus empregados, sua quitação ainda é uma incógnita para o Sindicato.
"Se eles não fizerem o pagamento até 18 horas (desta segunda-feira) vamos parar amanhã", alertou Rodrigues, acrescentando ainda que os ônibus serão recolhidos a partir de meia noite de hoje e os trabalhadores ficarão de greve até que o pagamento seja realizado pelas empresas.
No programa eu também ouvi o assessor do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), Luis Cláudio que lamentou a decisão dos rodoviários de parar suas atividades, mas afirmou que diante da situação financeira precária que passam as empresas de ônibus de São Luís, será impossível cumprir o acordo coletivo, bem como pagar os trabalhadores no período determinado pelo Sindicato.
Segundo o SET, foi tentado um acordo para que a data do pagamento fosse transferida para o dia 25 deste mês, o que foi rejeitado pela categoria dos trabalhadores.
Ou seja, patrões e empregados não se entendem, a greve no sistema de transporte coletivo de São Luís nesta terça-feira é quase inevitável.
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