Mas nesta terça-feira [9/6] a máscara caiu. A Polícia Federal, por meio da operação "Cobiça Fatal" desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro dentro da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a investigação da PF, o secretário Lula Fylho teria comprado 360 mil máscaras sem licitação de empresa fantasma. No esquema, a empresa de faixada comprava as máscaras por R$ 2,90 e revendia para a Secretaria por R$ 9,90, totalizando R$ 2.306.600,00 [dois milhões, trezentos e seis mil e seiscentos reais] tudo pago com dinheiro que teria sido destinado pelo Ministério da Saúde para combater a covid 19 na capital.
Na operação foram cumpridos 3 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça. Também foram bloqueados os bens e as contas dos investigados, cujos nomes são mantidos em sigilo.
Que dizer, enquanto profissionais da saúde trabalham expostos, sem os insumos e equipamentos de proteção individual necessários [e por isso eram contaminados pelo covid 19, tendo inclusive mortes registradas pelo descaso], o dinheiro que vinha para combater a doença era lavado, e uma verdadeira farra era feita com os recursos públicos dentro da SEMUS.
Aliás, já corre nos bastidores a informação que o prefeito Edivaldo Holanda Jr [PDT] pode ser preso, visto que ele saberia de tudo e teria dado o OK para a compra ilegal. E Lula Fylho [o secretário] já estaria pedindo um habeas corpus à justiça como salvo-conduto.
O resultado da operação de terça-feira parece ser apenas a ponta de um iceberg de corrupção que instalou no sistema de saúde de São Luís, na administração do prefeito Edivaldo, e precisa vim a tona. A sociedade espera que a justiça seja feita, e os culpados punidos dentro da lei.
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O que diz a prefeitura?
Em nota divulgada a imprensa a Assessoria de Comunicação da prefeitura de São Luís confirma que a SEMUS realizou a compra das máscaras das empresas investigadas dentro dos critérios legais com base no menor preço, e diz que confia na seriedade da investigação da Polícia Federal. Leia nota:
Sobre a operação da Polícia Federal, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) esclarece:
1º - Em todos os contratos executados pela pasta, os critérios de transparência, seriedade e publicidade são norteadores, garantindo, desta forma, a lisura e a boa prática no trato dos itens públicos;
2º - Quanto à peça que motivou a operação desta manhã, a Semus confirma a compra com a empresa citada no devido processo de apuração e ressalva que a relação de contratação atendeu aos critérios legais, entre os quais, o menor preço proposto pelo mercado na ocasião da compra;
3º - A Semus reforça que consulta banco de preços para assegurar-se que os valores da compra estão condizentes com os praticados no mercado;
4º - Por fim, a Semus reitera que, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (9), na sede da pasta, disponibilizou todos os documentos solicitados pelo órgão e se mantém a disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários. E, ainda, que confia na seriedade da Polícia Federal na condução da investigação.
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