Isto não é um rio. É a Rua Cobalto no bairro Coroado em São Luís, via ligada à Avenida dos Africanos, quase de frente para o restaurante Popular. E esta é a situação que ela ficou (juntamente com a rua 44) após as duas chuvas que caíram na cidade, deixando moradores completamente ilhados e revoltados com a falta de assistência da prefeitura em garantir uma infraestrutura descente para a área.
É que essa rua recebe as enxurradas que descem da Avenida dos Africanos e de todos os lados, sendo que as galerias são inadequadas para o escoamento do grande volume de água que desce com todo tipo de lixo, e se acumula por toda a área e até entra nas residências, mesmo estas contando com o piso bem mais alto que o nível da rua. Assim, nem os grandes batentes construídos pelos proprietários é capaz de conter os danos.
“Aqui quando a gente levanta de manhã nestas condições, não podemos sair nem pra ir na padaria comprar pão pra tomar café porque a água impede a gente de sair de nossas casas aqui. Tem dia que a água invade tudo e temos muitos prejuízos”, lamenta José Froz, um pequeno comerciante com quem conversamos durante reportagem para o programa Roda Viva da Rádio Educadora.
O problema se agrava pelo resto do dia e atinge cada cidadão, dependendo das suas necessidades. Quem precisa sair ao trabalho tem que meter o pé na água que se mistura com esgoto logo cedo ou então, se aventurar num verdadeiro malabarismo sobre as calçadas das casas até chegar na mureta (destacada na foto) que fica numa borracharia.
Enquanto estava no ar, fazendo um ao vivo, presenciei uma senhora que se arriscava e se obrigou a pular o referido obstáculo, e por pouco não caiu na água.
Presenciei também um carteiro, que mergulhou o sapato. Ele lamentou que a situação ali existente dificulta muito o seu trabalho na área. Vi ainda um morador que tentava levar o lixo para jogar na Avenida porque não tinha como coloca-lo na porta de casa que estava inundada e também teve se molhar no deslocamento. Os carros chegam quase a ser engolidos quando o nível está alto.
O comerciante me contou também, que há 15 anos morando no endereço, convive com o mesmo problema, que nunca é resolvido pela prefeitura, independentemente do gestor que esteve a frente do executivo municipal nesse período.
“Entra prefeito, sai prefeito, mas aqui ninguém faz nada pela gente. Na verdade eles só vêm aqui em época de campanha, dizendo que vão resolver isso aqui, mas depois nos esquecem, nos deixando nesta situação de calamidade”, critica José Froz.
Este cidadão que tem um pequeno comércio e o dono da borracharia garantem que neste período de chuvas intensas amargam prejuízos incalculáveis, pois os clientes não tem como chegar até seus negócios.
Esta é a cidade de São Luís, capital do Maranhão, que de problema em problema pode-se contatar que anda muito distante de uma realidade que há pouco tempo, na campanha eleitoral, era mostrada na TV como modelo de administração responsável com a cidadania.
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