É notório para todos que o sistema semafórico de São Luís está doente e esta doença, pelo visto é incurável. Por lei, é competência de o município manter estes equipamentos funcionando em prol da segurança no trânsito, mas a prefeitura da capital maranhense tem dado as costas para esta medida, deixando vidas entregues a própria sorte. Para provar isso, basta transitar pelas ruas e avenidas desta cidade que você verá um verdadeiro caos e um festival de semáforos velhos e sucateados o que tem deixado desprotegidos pedestres e condutores.
Na rua das Cajazeiras, em pleno centro da cidade, há dois dias (quinta e sexta) que os semáforos estão completamente apagados, em frente ao hospital Djalma Marque, o Socorrão I, colocando em risco a vida dos milhares de pedestres que ali atravessam diariamente. Os condutores precisam redobrar a atenção para não atropelas alguém ou mesmo colidir com outro veículo.
Nas avenidas da cidade parte dos semáforos que não funcionam corretamente. E assim como em muitas outras vias, é um que só funciona o verde, outro só o verde e vermelho, ou só vermelho e amarelo. Dentro dos bairros é pior, que o diga a Cidade Operária, Cohatrac, Cohab etc, etc.
Na Africanos, outra via do descaso da prefeitura com a sinalização, os luminosos em frente a escola Fundação Bradesco já chegaram a passar quase três meses sem funcionar, colocando em risco a vida de crianças, sem que a Secretaria de Trânsito e Transportes (SMTT) tomasse com urgência as devidas providências. Da mesma forma no cruzamento do Coroado.
A propósito, recentemente a falta da sinalização causou a morte de um pedestre em frente à escola Darcy Ribeiro, o que levou a SMTT, a colocar às pressas agentes de trânsito permanentes no local (não se sabe até quando ficarão lá).
Aliás, nem mesmo os luminosos da avenida Daniel de La Touche, na cara da própria SMTT, escapam da incompetência deste órgão responsável pelo setor. Constantemente os semáforos entre Ipase e Cohama estão em tique-nervoso, deixando pedestres e motoristas doidos, ou mesmo acidentados e até mortos.
A complexidade se espalha por toda a cidade, que ao contrário do que pode entender a SMTT, não estão ali para fazer graça pra ninguém, nem de enfeite como se fossem luzes de árvore de natal, mas para proteger vidas no trânsito.
As reclamações da sociedade por um trânsito descente, com sua sinalização como manda a lei tem sido constantes, mas lamentavelmente, o Secretário desta pasta tem dado as costas para o problema, fazendo ouvido de mercador, pois nem com mesmo uma reportagem que denunciou este colapso em nível nacional, pela Rede Globo de Televisão foi capaz de gerar alguma mudança imediata para o setor, que continua de mal a pior. Ou seja, cobrar por responsabilidade nesta gestão é malhar em ferro frio.
O que estará acontecendo para este descalabro na sinalização de São Luís? É incompetência da SMTT que não saberia lidar com a questão? Má gestão da prefeitura? Ou tudo junto e misturado? Porque o que se vê é que aqui foi adotado a política do “cada um por si” e a população (quer pedestre ou condutor) que se dane.
Pelo visto, vivemos mesmo em terra de muro baixo, no mato sem cachorro, onde a prefeitura, acima da lei, faz vitas grossas às suas obrigações, ignorando os direitos do cidadão a um trânsito seguro. Assim, com o conjunto semafórico da cidade doente, continuarão tomando alguma providência de forma paliativa, apenas a cada vez que ocorra mais uma tragédia, como a que recentemente matou um estudante em frente à UEB Darcy Ribeiro, na avenida dos Africanos.
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