Estava escrito nas estrelas que a liberdade da ex-prefeita de Bom Jardim, a imatura, mas perversa Lidiane Leite da Silva, guardada por 11 dias em um confortável cômodo do Corpo de Bombeiros, era só uma questão de tempo. Isso foi consumado no dia 09, após ser beneficiada pela Justiça Federal com a revogação de sua prisão preventiva. Ela que é investigada por desvios de verbas da educação, convenceu somente o juiz Magno Moraes de sua inocência.
Para se justificar do seu "equívoco", o magistrado determinou que "Lili Ostentação" (apelido carinhoso que ganhou por ostentar luxo com o dinheiro público e ainda publicar tudo nas redes sociais), usasse uma tornozeleira eletrônica, que passa agora a monitorar seus passos tranquilos pelos caminhos da impunidade.
Mas esse filme já assistimos em 2012, há exatos 03 anos, aqui em Paço do Lumiar, com a ex-prefeita Bia Venâncio, que teve a mesma "penalidade" imposta pela mesma justiça Federal, do uso de tornozeleira e de não se aproximar do prédio da Prefeitura. Outra coincidência é que as duas foram presas pela Polícia Federal acusadas pelo mesmo crime: desvio de cerca de R$ 15 milhões em recursos da educação. Além de Bia, o filho dela, vereador Thiago Aroso e mais dois secretários usaram o equipamento, até que o caso caiu no esquecimento.
O objetivo da tornozeleira eletrônica é monitorar os passos de acusados de crimes enquanto estes estão em processo de investigações. Mas esta prática também pode ser entendida como a nova forma que a justiça tem encontrado para dar, digamos, uma explicação a sociedade após, não se sabe a custa do que, livrar a pele de gestores corruptos, que usurpam do dinheiro público e acabam caindo nas malhas da lei, ou seja, uma ferramenta potencial para a impunidade.
A pedido da justiça, Bia Venâncio e as demais pessoas arroladas na investigação em Paço do Lumiar utilizaram as tais tornozeleiras eletrônica exatamente até que o caso saiu do foco da mídia e consequentemente esquecido pela população.
No caso de Lidiane, sem uma explicação plausível, o juiz Magno Moraes confirma a inocência dela, alega morosidade na apuração, e revelou inclusive que o Ministério Público ainda nem ofereceu denúncia para que seja iniciada a ação penal contra a prefeita cassada.
Então parece que tem algo errado, se o próprio Ministério Público foi quem denunciou o escândalo a Polícia Federal, porque ainda não fez o mesmo a justiça?
Ou seja, tudo indica, que se a justiça estranhamente não entende que o "saqueamento" dos recursos da educação lá do município de Bom Jardim, comprovado pelos Ministérios públicos estadual e federal se caracteriza em crime, significa que a Lidiane está habilitada a retomar a cadeira de prefeita, de onde foi tirada injustamente, tese alimentada pela defesa, e que (não não deve causar surpresa) poderá ser concretizada há qualquer momento.
Então assim como no caso de Bia Venâncio, Lidiane usará a tornozeleira eletrônica até que seja finalizado o processo de desqualificação das denúncias feitas contra ela. Com uma diferença, que Lidiane poderá voltar logo ao poder empurrada pela justiça, enquanto Bia ainda espera o momento certo de retornar de mãos limpas e tudo mais pelo voto popular.
Está está escrito nas estrelas: a tornozeleira eletrônica (ferramenta de impunidade) que monitorou os passos corruptos da Bia é a mesma que passa a conduzir a "novinha da corrupção" Lidiane Leite, claro, se a nossa falha justiça não corrigir seus equívocos.
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