Os protestos de um grupo de alunos da Universidade Federal do Maranhão pela manutenção de práticas nada condizentes com um ambiente onde deveria ser o berço dos bons princípios e do respeito a individualidade, traz à tona uma discussão sobre os limites dentro de campi universitários, naturalmente marcados pelos exageros da estupidez humana. Na luta por liberdade, numa atitude meramente infantil, os universiotários chegaram a desfilar com roupa de banho e até invadir a reitoria. O motivo desse tosco manifesto é que, a babilônia instalada dentro da UFMA levou membros do Conselho Universitário a editar um regimento rigoroso com direitos e deveres dos alunos e, ainda, trata de proibições e responsabilidades. O texto que foi apresentado recentemente pela reitoria e poderá entrar em vigor em breve foi a gota d'água.
Os pontos que têm causado mais polêmica, e por isso mesmo irritado os rebeldes, são os que tratam da conduta dos discentes dentro do campus, como por exemplo, o que obriga o aluno a "portar-se sempre de acordo com princípios da ética e da moral". O regimento é bem claro, pasmem os senhores, proíbe ainda os alunos de "manter relações sexuais, praticar ou promover atos libidinosos que atentem contra a moral e os bons costumes no âmbito da instituição" e até o uso de entorpecentes no local. O descumprimento das determinações contidas no regimento prevê a aplicação de sanções disciplinares, que podem ir de advertência escrita à expulsão.
Eu disse pasmem, porque acho que algo está errado. O mundo está girando no sentido anti-horário. Quer dizer, hoje você passar no vestibular da Universidade Federal do Maranhão significa que estará entrando para um antro de orgias? Uma escola das coisas ilícitas? Afinal, isso é um ambiente onde vamos ampliar o nosso conhecimento, aprimorar nossa educação, ou na verdade é onde iremos aprender a usar drogas, fazer sexo sem pudor? Um aprendizado para sermos imbecis?
Ahhhh, mas o que eles querem mesmo é só o direito de fumar um baseado e transar livremente no campus sem serem incomodados por ninguém, e que todos, independentemente de quem quer que seja, vejam isso como a coisa mais normal, afinal, estamos em pleno século XXI, tempos modernos, cabeças excessivamente abertas, onde até a figura Cristo (adorada e cultuada com respeito) passa a ser ridicularizada exatamente por pessoas que tanto pregam o respeito a tal diversidade de sexual. Liberdade para as velhas práticas que corrompem os bons costumes. Sabe-se, por exemplo, que ali chegam jovens inocentes que saem indecentes e mal educados. Incautos que são influenciado por velhos "jubilandos", "instrutores" dos maus costumes, estes os maiores defensores de manutenção dessa tal liberdade.
O que acontece é que estão invertendo a ordem dos fatores, confundindo liberdade com libertinagem. Esquecem que um campus universitários, é de fato uma república onde se tem direitos e deveres, e entre esses deveres respeitar aqueles que não comungam das nossas atitudes, muitas vezes até mesmo insanas e irresponsáveis. E é bem aqui que, embora tardiamente, chegou o dia de se por um controle nessa desordem em nome da moral que deve nortear aqueles um dia sairão dali para ser exemplo a uma nova geração. E é esse o modelo que serão?
A atitude desses meninos mostra o nível do que nós temos nos bancos das nossas universidades, daqueles que se projetam a dirigir esse país. Querem chamar a atenção? Querem muda o mundo? Porque não procuram uma causa social pra lutar por elas? Elas estão por ai por todos os cantos. Mas parece que é preferível ser ignorantes e arrogantes, do tipo que só servirá para ser massa de manobra e bucha de canhão. Quer dizer, se sobra vontade pra chamar a atenção, falta-lhes maturidade o suficiente para viver em sociedade. Crescem fisicamente, mas não intelectualmente, e se intelecto, certamente é de trogloditas.
Independentemente da complexidade do teor do regimento que passa a ser adotado na UFMA, essas medidas que ainda não sejam definitivas, são extremamente oportunas em nome da moralização de um ambiente onde a base deve ser o respeito. Chega de rotularem os campi universitários de escolas de maconheiros e pré-prostíbulos. Onde o pseudo respeito está no próprio umbigo dos insanos que por ali passam, e se eternizam estudantes apenas para se beneficiar das vantagens de universitários. E quem quiser fumar sua maconha, vai fumar no quintal de sua casa, de preferência na frente de seus pais. Se quiserem transar vão procurar motel ou lugares destinados a prática de sexo livre ou mesmo procurar mato pra morar junto aos animais irracionais.
Meninos, meninas, parafraseando Renato Russo: O que vocês vão ser quando vocês crescerem?
E Viva a liberdade, não a libertinagem. E viva, principalmente o respeito.
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