Entre estes gestores mãos sujas estão o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, e de Matões, Suely Pereira, que o MP chegou acionar cada um três vezes. Os promotores chegaram a pedir, em algumas ações, a perda do mandato do prefeito e também a indisponibilidade de bens. O prefeito de Humberto de Campos, Raimundo Nonato dos Santos, por exemplo, foi afastado por 180 dias, por improbidade.
Entre os ex-prefeitos acionados está Luis Fernando Silva, de Ribamar, também acionado por ato de improbidade administrativa.
A roubalheira é tanta, que nos anos de 2004 a 2013, o Ministério Público moveu ações contra gestores públicos e solicitou a Justiça o ressarcimento ao erário de R$ 600 milhões, valor que incluiu também as multas aplicadas aos gestores. Do total, cerca de R$ 129 milhões pedido para serem pagos por gestores públicos são oriundos de multas pedidas pelo MP. Outros R$ 531 milhões foram de recursos públicos desviados.
34 ações do Ministério Público (uma andorinha solitária neste vasto verão da corrupção), pedindo o dinheiro de volta aos cofres. E quanto a mim? Eu vou ficar aqui sentado, contando pedras e dando milho aos pombos, esperando que um dia eles parem de garfar o dinheiro público. Quem sabe, um dia, quando tivermos um Tribunal de Contas independente, sem em que seus presidentes tenham parentes políticos, sem que seus conselheiros sejam políticos-partidários, mesmo que camuflados, e a política-partidária e os interesses dos maus políticos percam a tamanha influência dentro do órgão. Eu vou esperar que o poder econômico não fale mais alto que os interesses do povo, que acaba sendo o grande prejudicado diante de tanta ganância.
Se eu cansar, vou deitar e aguardar de olhos bem arregalados pra ver esses prefeitos e ex-prefeitos devolver todo dinheiro roubado das escolas, dos hospitais, da infraestrutura etc. E se eu pegar no sono, me acordem que eu quero ver.
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