Longe do que soa na Câmara Municipal, que o UBER precisa de uma legislação vinda de Brasília para funcionar, o blog apurou que a liberação do aplicativo em São Luís pode estar sendo travada mesmo por dois vereadores de peso, por motivos meramente pessoais. Máscaras ao chão.
Eu conversei com um trabalhador do sistema, e ele revelou ao blog que a problemática em torno da liberação do serviço é política, pois segundo ele, os dois vereadores (muito influentes e complacentes entre si) seriam proprietários de frotas de táxis na capital, e assim entendem que a entrada do UBER em São Luís, seria prejudicial aos seus negócios.
“O UBER não é essa ideia distorcida que eles querem passar à população, o serviço já está implantado no Brasil e é bem aceito pela população. No UBER trabalham pessoas de bem, inclusive taxistas que já aderiram ao serviço, mas aqui infelizmente estão atrapalhando o desenvolvimento da nossa atividade por questões políticas. Nós queremos apenas o direto de trabalhar”, frisou ao blog a fonte. Ainda segundo a mesma, mesmo com as decisões proibitivas impostas, inclusive recentemente pela justiça maranhense e as ameaças de apreensões dos veículos pela prefeitura, o serviço tem sido desenvolvido em São Luís, ainda que de forma acuada.
Nesta segunda-feira (07/08) um grupo de operadores do aplicativo em São Luís se reuniu com o presidente da Câmara, Astro de Ogum para uma rodada de negociações, visando atender aos interesses da categoria. Por sinal a presença deles tem sido constante na Casa como forma de pressionar os edis. Mas pelo andar da carruagem, o resultado definitivo ainda pode demorar um pouco.
Agora, baseado nos relatos do trabalhador do UBER ao titular deste blog e em conversa que tive com um profissional do táxi, pode-se chegar à conclusão, que o assunto na Câmara tem sido tratado realmente de forma parcial e tendenciosa, assim como houve muita encenação orquestrada politicamente naquele ato contra o aplicativo por um grupo de taxistas.
Vejam bem, em 2016 uma Lei na Câmara proposta pela então vereadora Luciana Mendes (que seria uma espécie de boi de piranha, visto que sua proposição atenderia a interesses de terceiros) blindou o serviço de táxi contra ameaças que eram anunciadas da chegada do UBER. Depois de aprovada em plenário, a referida Lei seguiu para a sanção do prefeito Edivaldo Jr., que orientado por assessores a ignorou, afinal havia promessas de campanha e assinar a lei era dar um tiro no pé. Daí havia necessidade de um movimento pra chamar a atenção da sociedade, o que aconteceu, e a lei de volta a Câmara foi promulgada no dia 26 de abril por Astro de Ogum, que no dia anterior (25), numa atitude heroica de salvador da pátria, fez questão de dar esta garantia aos taxitas no meio da galera que fazia o manifesto na porta da Casa Legislativa. Tudo rapidinho, rapidinho!
Aliás, é óbvio que os taxistas profissionais sintam-se prejudicados por um serviço similar que entre na cidade, desde que este seja beneficiado com algum tipo de vantagem, como é o caso do UBER, que entrou no mercado isento de obrigações fiscais e assim a categoria o classifica de concorrência desleal. Mas ai se pergunta: porque a Câmara não resolve isso, logo (rapidinho!)? Porque amarram tanto? Que garantias os vereadores querem para a liberação do UBER, já que se trata de oportunidade de trabalho? Aliás, porque permitiram a entrada do aplicativo em São Luís antes de se criar os mecanismos legais para o seu funcionamento?
Cá pra nós, essa história que a legalização do serviço tem que vir de Brasília parece mesmo muita conversa fiada, visto que há interesses eminentemente políticos nessas negociações por sua liberação. E não estranhem nada se os “dois vereadores de peso”, que hoje tentam barrar o UBER em São Luís, no fim dessa história toda migrem suas frotas de táxis para o aplicativo.
Eu vou ficar aqui na mesa do bar da esquina, me deliciando com uma loira bem gelada e acompanhando tudo no meu telão real, depois eu conto pra vocês.
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