André Fufuca (PP) e Alberto Filho (PMDB) são os dois parlamentares da bancada maranhense no Conselho de Ética da Câmara que acoitam as falcatruas praticadas pelo Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente afastado da Casa e quase ex-deputado. Eles estão entre os nove deputados que vergonhosamente votaram contra o pedido de cassação do “poderoso chefão”, menos de dois meses após terem votado para tirar a presidente do poder, também acusada de atos de corrupção.
Cunha foi derrotado pelo placar apertado de 11 X 9 nesta terça-feira (14/06), com a aprovação no CE do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que pede a anulação de seu mandato de deputado.
Recentemente o peemedebista carioca teve um pedido de prisão junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no processo em que é acusado de quebra de decoro parlamentar por manter contas secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.
Segundo o relatório de Marcos Rogério, Eduardo Cunha teria usado trustes e offshores para ocultar patrimônio mantido fora do país e receber propina de contratos da Petrobras, o que o parecer trata-se afirma se tratar de prática criminosa. Isso sem contar tantas outras tantas acusações criminosos que pesam sobre ele.
Esse é o temível Eduardo Cunha, o rei das manobras para escapar da cassação, que os nobres parlamentares, eleitos pelo povo do Maranhão vergonhosamente lutam por sua permanência como deputado, e com grande influência no poder.
Anotem esses nomes, senhoras e senhores: André Fufuca e Alberto Filho. O primeiro bastante conhecido (Andre Luis Carvalho Ribeiro). O segundo? Até hoje há quem pergunte quem é e de que planeta veio.
Aliás, o Fufuquinha (como é conhecido) deve ter motivos de sobra para defender o Cunha com unhas e dentes, afinal, parece gozar de grande intimidade, pois comentários que rolam em Brasília dão conta que André chama o Eduardo Cunha carinhosamente de “Papi”. Hummm!! Adogo, diria o ex-BBB, Dicesar. Para quem não lembra, a expressão "papi" era usada em tom de ironia pelo vilão Felix (personagem gay da novela "Amor a vida" da Rede Globo, interpretado por Mateus Solano) ao pai César (Antonio Fagundes), o "papi soberano".
Detalhe a parte, e voltando ao que interessa, curiosamente na votação do impeachment de Dilma Rousseff (puxada pelo dito Cunha), estavam lá os dois, Fufuca e Alberto Filho, fervorosos, votando para tirar um governo acusado de corrupção, ok, apoiado. Só que agora, os mesmos se abraçam de forma ridícula em defesa de um corrupto (conforme as denúncias), como se este fosse um modelo da moral e defensor da ordem pública, se opondo radicalmente à cassação deste senhor, que hoje se confunde com a própria banda podre da política nacional, um verdadeiro “sanguessuga” do dinheiro público. Isso não dá pra entender.
Quer dizer, foi de água a baixo aquele discurso que seriam contra corrupção, pois assim agindo desta forma, vomitaram e depois voltaram para comer o próprio vômito.
Só mesmo muita lealdade ao “papi soberano”, algo como o juramento dos casais na frente do padre, de serem fieis um ao outro na saúde, na doença, na riqueza na pobreza, etc, etc até que dois votos os separem.
Enquanto isso, os interesses da coletividade, ou o que pensa a opinião pública sobre tudo o que está acontecendo, que se dane, afinal eleitor é otário mesmo, esquece tudo rapidamente.
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