Assim como caiu a máscara do Gibson diante da família dele, isso na ficção, no final da novela "A regra do jogo" (da rede Globo), o Brasil, especialmente o maranhense também se escandalizou recentemente ao ver (na realidade) o nome do ex-senador José Sarney (do PMDB) aparecendo em negócios ilícitos na temível Operação Lava-Jato, e descobriu-se como o filho do Maranhão mais influente do país se beneficiava de atos corruptos. Através de um codinome: escritor.
Até então todos se questionavam como era que entre mensalões, petrolões etc etc, numa operação pente-fino as investigações derrubavam até figuras acima de qualquer suspeita, menos o Sarney, que era visto como um pai, mestre, o gênio da política ou mesmo uma espécie de santo, que embora pudesse ser do pau oco, podia fazer milagre. "Pegam todos, menos ele!!!" ou "Esse homem tem uma reza muito forte...", diziam dos entusiastas e aos radicais. Até que documentos apreendidos pela Polícia Federal na operação Lava-Jato que listam possíveis repasses da Odebrecht para cerca de 300 políticos de 18 siglas partidárias, trouxe à público o fato inédito, levantando suspeitas que o "influentissíssimo" ex-senador maranhense radicado no Amapá também se beneficiaria dessas irregularidades, como foi apresentado à imprensa pela Federal.
O homem era de uma coerência tamanha que se alguém aguardava na torcida que o nome dele aparecesse em algum escândalo dessa natureza, poderia morrer seco esperando, pois pelos documentos descobertos pela PF, na lista de propinas da Odebrecht, por exemplo, ao contrário de nome ou sobrenome, Sarney era tratado por codinome, ou seja um apelido bem gentil.
Aliás, com o mistério desvendado, também caiu a velha teoria de que o Sarney usava "laranjas" (seus asseclas) para se beneficiar das negociatas do poder. Pode até ser, mas o "Escritor" também podia ser um canal direto em negociações ilegais nos jogos sujos da política. Difícil (podia ele imaginar) era, em que caso de investigação, alguém pudesse descobrir que esse escritor fosse o honorável filho do Maranhão. Seria trabalho para séculos, não é verdade? Essa portanto, poderia ser uma prática muito antiga do ex-senador que veio ao chão. E assim como no caso do "Pai", a máscara do nosso gênio demorou, mas caiu.
E tal o pai, tal os filhos e filha. Segundo os documentos secretos da Odebrecht, o Fernando era o "Filhão", o Zequinha o "Filhote" e ex-governadora Roseana era a princesa. Tudo em casa, todos comungavam na mesma mesa.
A propósito, a ex-governadora que já se justificou a imprensa maranhense, assim como o filhote, quer dizer o Sarney Filho, alegando que essas informações são inverídicas, bem que poderia entrar logo com uma ação cautelar na justiça proibindo a execução em rádios ou locais públicos, de um dos maiores clássicos do Amado Batista... exatamente "Princesa", música que fez sucesso estrondoso nos anos 90 e até hoje é uma das mais pedidas pelos fãs do cantor. Isso porque nesse momento sua letra poderá soar como uma afronta a ex-autoridade máxima do Estado, já que cairia como um deboche diante da similaridade da música com o codinome da Branca, bem como a situação vivida por pai e filhos e a princesa, é claro, tipo: "Agora não durmo direito só pensando em você..." Sabe-se lá o que se passa pela cabeça desse povo e do que ele é capaz, né?
Como diz o ditado: melhor prevenir que remediar.
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