sábado, 26 de maio de 2018

TROCA DE TEMER POR MEIRELES É UM SEIS POR MEIA DÚZIA, PORÉM UM SALVO-CONDUTO PARA O FUTURO DO ATUAL PRESIDENTE

Temer anunciou candidatura de Meirelles - Pedro Ladeira/Folhapress

A grande novidade na política nacional dos últimos dias foi a desistência de Michel Temer (MDB) de disputar o processo eleitoral de outubro, que o faria presidente de fato de direito (de verdade) do Brasil.

O presidente "postiço" anunciou na terça-feira (22) que desistiu de disputar à "reeleição", indicando Henrique Meirelles, seu ex-ministro da Fazenda como o nome do governo e de seu partido para concorrer ao Palácio do Planalto e assumir em 2019 o trono que hoje lhe pertence, mas que também anda muito sujo.

“Ficarei orgulhosíssimo se um dia, no plano pessoal e institucional, se um dia o Meirelles for proclamado pelo voto popular presidente da República Federativa do Brasil”, disse Temer ao confirmar sua decisão.

A sentença a cima tem apenas uma verdade: o reconhecimento de Temer da ilegitimidade de seu governo, ao destacar a importância do voto popular para a eleição de um chefe de Estado, o que não é o seu caso. Porém, não passa de um devaneio querer que seu sucessor seja alguém indicado por ele, pois hoje o nome de Michel Temer é um zero à esquerda como cabo eleitoral em qualquer parte deste país (só não pra Sarney), frutos colhidos de seu curto, mas conturbado governo, maculado por denúncias de corrupção e muitos escândalos, desastroso, maléfico, especialmente para a classe menos favorecida.

Como se sabe o emidebista amarga a pior rejeição de todos os tempos de um presidente da república. Essa repulsa popular começou desde que sagrou-se como articulador do que os petistas chamam de "golpe" de Estado, que derrubou Dilma Rousseff (PT) do poder em 2016. E daí por diante (ai sim) passou  a golpear o povo, com maior ênfase o trabalhador brasileiro para atender as exigências do capital em negociatas obscuras, que resultou em reformas perversas (como a trabalhista e a  previdenciária), o que caracterizou uma verdadeira caça às bruxas aos trabalhadores. 

E para completar o ataque à sociedade, passou a aumentar de forma abusiva o preço dos combustíveis, afetando danosamente o consumidor, não apenas o que tem carro neste país. Esta medida, que por fim resulta numa greve de caminhoneiros, que de uma hora pra outra, mexe na economia do país, com a onda do desabastecimento nos postos de combustíveis, nas prateleiras dos supermercados, no comércio em geral, elevando absurdamente os preços de tudo, deixando a população em polvorosa em meio a um colapso, agora vivendo refém das artimanhas de uma política sorrateira, articulada na calada das noites nos porões do Planalto e do Jaburu

E olha que Temer (na cara dura) vive comemorando que baixou a inflação no seu governo, e coisa e tal. Mas que inflação é essa que se refere o presidente?

É bom lembrar, que ao assumir o governo Temer fez questão de afirmar que não lhe interessava popularidade, tendo como prioridade colocar em prática as tais medidas impopulares, independentemente das consequências danosas que elas pudessem causar aos diretos do cidadão.

É por essas e outras maldades que o brasileiro tem dado a resposta nas sucessivas pesquisas de avaliações de seu governo, quando não passa dos "mixurucos" 6% de aprovação, mesmo vexame que passaria nas urnas em outubro, caso insistisse na sua candidatura. Aliás, hoje Michel Temer com seu histórico recente na política, não se elegeria nem a inspetor de quarteirão neste país.  


Passar o bastão a Meireles foi trocar seis por meia dúzia, pois o ex-ministro também não decolará nas pesquisas, visto que o povo o conhece muito bem e sabe que todas as maldades praticadas por este governo contra o povo tem lá o dedo do ex-ministro da fazenda (agora pré-candidato), e portanto, uma eleição sua representaria a continuidade do pífio governo do MDB e aliados, que se agacha para o capital e conspira impiedosamente contra o trabalhador e a sociedade, roubando-lhes até direitos básicos. 

Para Temer, eleger Meireles seria mais que passar o trono a um fiel escudeiro e confidente, seria a garantia de um salvo-conduto no seu pós-governo, pois diante de tantas denúncias graves de corrupção ativa, passiva, homo, hétero etc que terá a responder assim que deixar o poder, se neste país da impunidade o pau que dá em Chico dá em Francisco, o futuro que lhe aguarda é o mesmo que coube ao Lula: a cadeia.

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