domingo, 15 de novembro de 2015

E AGORA GIL CUTRIM, VAI TAPAR OS BURACOS DA AVENIDA TANCREDO NEVES OU ESPERAR MORRER MAIS GENTE?

A situação caótica na infraestrutura da avenida Tancredo Neves na Maiobinha, uma das principais ligações entre a MA-201 e o bairro Cidade Operária fez uma vítima fatal na noite de sexta-feira (13/11).

Josenyrllen Ribamar Araújo Neves, de 34 anos, pai de família teve o pior destino da sua vida, causado pela incompetência da gestão de São José de Ribamar. Ao tentar desviar a moto que conduzia de um dos tantos buracos na via, ele desequilibrou, caiu e foi colhido violentamente por um ônibus que também fazia a travessia da estrada do perigo. A vítima que morreu no local deixou a mulher e uma criança de um ano de idade.

Não é de hoje que essa via que também dá acesso ao Hospital Clementino Moura, o Socorrão 2 é reclamada não só moradores da região, como por milhares de condutores que diariamente por ali transitam e são vitimas dos danos ocasionados pelas péssimas condições de trafegabilidade. Há anos eles imploram ao prefeito Gil Cutrim, seja através de manifestos no local, fechando a via ou pela imprensa. Por várias vezes nas minhas reportagens de rádio em 2013/2014, estive na região e os reclames foram sempre dramáticos. Os relatos de pessoas revoltadas também sempre vinham com o alerta de que uma tragédia poderia acontecer a qualquer momento por conta da buraqueira e o lamaçal que tomaram conta da Avenida.

E com a passar do tempo, os buracos viraram crateras, os riscos só aumentaram e os prejuízos também. Carros quebrados, pacientes dentro das ambulâncias até pedindo pelo amor de Deus pra sair do veículo quando passam por lá. Os moradores inalando o odor insuportável, e por ai vai... E os danos? Nenhum deles arcados pelo gestor de São José de Ribamar.

Na oportunidade, como resposta as minhas reportagens na rádio, a prefeitura amenizou que estaria com uma operação para recuperar a via, mas o que fizeram foi apenas passar um “cuspe” de asfalto que foi embora logo na primeira chuva. O problema e os reclames revoltosos continuaram, e o prefeito faz ouvido de mercador. Infelizmente essa tem sido a marca de uma gestão que tem se mostrado incompetente no setor da infraestrutura do município de São José de Ribamar.

E agora quem vai pagar pela vida de Josenyrllen Ribamar Araújo Neves? Aliás, vida de alguém é algo que dinheiro nenhum paga. Mas é preciso que alguém seja responsabilizado por essa tragédia com um pai de família que deixa uma viúva e uma criança órfã. E esse alguém é exatamente o gestor, que ao deixar de ouvir as vozes da rua, permitiu que desta vez, mais que carros quebrados (que os proprietários pagam os prejuízos), uma vida ceifada em uma das vias mais reclamadas da administração de São José de Ribamar e com tragédia anunciada, que nunca foi da a devida importância.

E agora Gil Cutrim, vai tapar os buracos, recuperar a Avenida Tancredo Neves ou esperar morrer mais gente?

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

QUEDA DE HOMICÍDIOS: AS ESTATÍSTICAS DA VIOLÊNCIA NA GRANDE SÃO LUIS AINDA DESFAVORECEM AS EXPECTATIVAS DO CIDADÃO MARANHENSE

Um saldo de 78 mortes violentas foi registrado durante todo o mês de outubro na região metropolitana de São Luis, que inclui além da capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. As informações são baseadas nas estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado em seu site oficial.

Segundo os dados, levando em conta a tipificação dos crimes no período, foram 56 homicídios dolosos, ou seja aquele em que houve a intenção direta do criminoso em matar sua vítima; 05 casos de lesão corporal seguida de morte, quando a vítima ainda foi socorrida, mas morreu posteriormente; 05 latrocínios, que são os casos de roubo seguido de morte; e ainda 07 mortes de pessoas durante confrontos com a polícia e 06 mortes com causa a esclarecer. Neste último caso, ainda é aguardado o resultado das investigações da polícia judiciária, com relações aos fatos.

A grande maioria dos homicídios aconteceu na capital, num total de 59 assassinatos em São Luis. São José de Ribamar aparece com sete e Paço do Lumiar com seis crimes no total. O município de Raposa não aprece na lista.

No ranking dos bairros de São Luis mais violentos no mês de outubro, estão, em primeiro lugar o São Raimundo com quatro mortes; em segundo o Centro da cidade com três registros e empatados no terceiro lugar os bairros João de Deus, Liberdade, Coroadinho, Anjo da Guarda, Tibiri, Vila Palmeira, São Cristovão e Bairro de Fátima, cada um com duas mortes registradas.

No comparativo com os últimos dois meses, se percebe uma queda gradativa nos indicadores dos crimes violentos contra a vida na Grande São Luís. Em Agosto foram 90 casos e Setembro 81. No acumulado 12 ocorrências a menos no período.

Apesar de uma leve retração neste cenário, as estatísticas da violência na grande São Luís ainda desfavorecem as expectativas do cidadão maranhense, pois a violência rola à solta na cidade, a sociedade continua com sede de segurança e cobrando mais empenho das autoridades no combate a criminalidade, que parece, os últimos governos fizeram pouco caso disso ao deixar de investir no setor na proporção mínima da demanda. Com a inércia do poder público, o Estado ficou refém de bandidos que agem nos mais diversos setores da criminalidade, entre eles o tráfico de drogas; passaram a ditar as regras, enquanto a população impotente apenas assiste os danos diários, frutos do descaso, seja pelos meios de comunicação ou ao vivo, e paga caro por isso.

O novo governo do Maranhão, em sua primeira tomada de decisão neste sentido chamou novos soldados para os quadros da Polícia Militar, que infelizmente ainda somos o Estado que apresenta a pior taxa do país de policiais militares por habitantes: um PM para cada 881 habitantes, quando a média aceitável é de um agente para cada 473. Sem dúvida este é um dos itens do legado vergonhoso deixado pelos antigos mandatários e que precisa urgentemente ser superado. O curioso é que o chamado emergencial do governador Flávio Dino, logo que assumiu, foi exatamente para os concursados do governo Roseana que enganados, talvez nunca seriam convocados por ela ou por sucessores do grupo caso tivessem ganho a eleição.

Ainda é tímida, mas a população tem tido a sensação de que os agentes de segurança estão com mais frequência nos bairros, nas ruas e demais logradouros públicos. Isso não é tudo, é bem verdade. A prova está nos índices alarmantes de assaltos a ônibus (92 só no mês de outubro, segundo o sindicato dos Rodoviários), a carros e motos ou mesmo os constantes ataques de assaltantes a transeuntes em diversos pontos da cidade. E ainda com a inclusão de novos militares nos quadros da PM, o deficit ainda vai continuar e a solução ainda não será certa. Cabendo ainda ao governo se valer de outros mecanismos como uma maior valorização destes profissionais.

Rezando para não ser a próxima vítima, a população deve sim, ter um pouco mais de paciência porque mudança não acontece de um dia para outro, embora seja esta a expectativa natural de todos em nossos dias. Isso porém, não quer dizer que o governo por sua vez queira alimentar o povo com um eterno pedido de tolerância, enquanto insiste na velha retórica da herança maldita, embora ela de fato exista.

Na prática é preciso que o governo do Flávio Dino caia em campo e faça diferente do que era praticado pela ex-governadora Roseana Sarney, que claramente, iludia a população com medidas fantasiosas eleitoreiras, ou sempre após algum fato de comoção nacional e até internacional para gerenciar crise, e depois tudo continuava na mesma. Agora é preciso ações efetivas que garantam ao cidadão da grande São Luís e do Estado do Maranhão (refém da violência descontrolada) o direito mínimo a segurança que por muito tempo lhe foi negado.