domingo, 24 de janeiro de 2016

PREFEITA DE FACHADA? PATÉTICA A DECLARAÇÃO DE "DONA OSTENTAÇÃO" A REVISTA

Patética a declaração da ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite a revista Maranhão Hoje, de que foi apenas prefeita de fachada e era marionete a frente da prefeitura. Foi o que ficou explícito em sua fala ao primeiro veículo de imprensa a ouvir sua versão sobre o episódio que a consagrou como "Prefeita Ostentação" e símbolo da roubalheira do dinheiro da educação no Maranhão e no Brasil, como denunciado que aconteceria na sua administração que durou de 2013 a 2015, marcado por sucessivas denúncias de irregularidades, entre elas o famoso desvio do dinheiro da educação. Entre as suas revelações bombásticas a revista, Lidiane jurou de pés juntos que de fato não era ela quem governava o município, mas um grupo de políticos, que segundo a mesma, era quem mandava e desmandava por lá. Ela acrescentou que agora vai se dedicar a estudar direito para entender a injustiça que fora vítima.

É curioso que ao contrário do que ela disse no seu discurso de defesa em praça pública dias antes da caçada implacável do Policia Federal, na Operação Éden, quando desqualificou as denúncias contra sua administração, deixando claro ser ela a prefeita do município e profunda conhecedora dos atos do seu governo, desmentindo, inclusive as matérias que denunciavam em rede nacional o desvio de conduta de sua administração, desta vez Lidiane parece ter sofrido um lapso de memória, e afirma não lembrar de mais nada daquela época em que era a dona da situação, tanto que ao ser questionada pela revista sobre as principais obras na sua gestão, ficou travada e não soube responder, apenas alega que “não participava de nada” quando era prefeita.

Olha só o que ela disse ao se defender em praça pública: "Estou de cara limpa, aqui pra vocês batalhando por uma melhoria nessa cidade, uma evolução maior para este povo".

E como uma imaculada, na certeza da sua boa conduta, ainda dizia em alto e bom tom: "Eu não me importo, quero que investigue sim, quero que se puna o responsável, se houver, que eu não sei se há".

Mas como assim? Era apenas uma prefeita de fachada? Quer dizer, então que a "Dona Ostentação" declara era só uma bonequinha manipulada no seu pomposo governo? E como é que mesmo sabendo que era só um fantoche, dava uma de profunda conhecedora dos atos administrativos da sua gestão e os defendia com unhas e dentes?

Lidiane agora fala como se aquelas palavras não fossem dela. Ou seriam de quem?

Que a ex-prefeita Lidiane é bonita, tem um rostinho de boneca, isso não resta dúvida, mas não leva jeito que seja de marionetes não, que normalmente tem rostinhos meio "escrotos", que ao mesmo tempo que assustam, também divertem bastante, principalmente as crianças. Na verdade escroto por lá era mesmo o que essa gente praticava à frente dessa prefeitura. Só no quesito da educação, chegaram a desviar cerca de R$ 15 milhões de reais, dinheiro este que seria para alimentar as crianças da rede municipal, e para construir e recuperar escolas do município, mas que na realidade fora surrupiado e usado para fins espúrios, enquanto as crianças passavam fome e assistiam aulas em escolas decadentes, segundo aquilo que apurou o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP-MA), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).

Sendo ou não Lidiane a autora intelectual dos desvios do dinheiro da merenda escolar e de outros recursos do município de Bom Jardim, certamente era ela quem assinava tudo, dando a palavra final para a consumação dos crimes como denunciado. Agora é de um cinismo cavalar essa sua nova declaração de ter perdido a memória e uma afronta à nossa sociedade, quando ainda anuncia que irá cursar uma faculdade de direito só "para entender o porque foi tão injustiçada!" Ou seria para conhecer os trâmites dentro de uma "legalidade" para colocar em prática no futuro?

Para entender o que aconteceu, seria mais simples se "Dona Ostentação" fizesse uma revisão de valores éticos e morais sobre a sua atuação como gestora, levando em consideração que por lei existia um recurso nas suas mãos para ser aplicado em determinado fim, e que seu desvio se caracteriza em crime. Se esse dinheiro foi desviado o crime foi consumado, cabendo ao autor do delito as penalidades impostas pela lei. Agora apelar para o emocional é querer subestimar a inteligência do povo. Porque se tem alguém injustiçado e penalizado nessa história toda, certamente foram as crianças do município. A não ser que ela apresente prova cabal que prove o contrário de tudo o que foi denunciado contra o seu governo.

Mas isso é Brasil. País onde a impunidade até cria seus heróis!

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