segunda-feira, 5 de junho de 2017

QUE "DIABOS" DEU A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA EDUCAÇÃO NA CÂMARA DE SÃO LUÍS E QUAL SERÁ O FUTURO DAS NOSSAS CRIANÇAS?

Me perguntaram: que "diabos" deu a audiência pública na Câmara de São Luís que tratou da Educação da rede municipal, que contou com a presença do combalido secretário Moacy Feitosa? E eu respondi: e era pra dar em alguma coisa? Como já tinha cantado a bola e não podia ser diferente, não deu em nada, para um futuro pra lá de incerto às nossas crianças.

Havia grande expectativa que o secretario fizesses um raio-X da situação caótica que atravessa a educação holandista e apresentasse soluções e prazos para tirá-la do atoleiro, mas... Bom, o professor Moacy (que não pediu pra sair como queria o Pavão Filho e outras peças do governo, e se mantém na pasta ao menos por enquanto), desta vez compareceu ao legislativo, depois do seu pedido tempo técnico, suficiente para construir um discurso à altura da incompetência do Palácio La Ravardiere, que o fez e o defendeu aos vereadores para justificar uma educação falida e opressora que oferecem aos filhos dos pobres desta cidade. O se sabe é que foi apresentado no plenário Simão Estácio da Silveira uma espécie de pacote das ilusões que só ratifica a forma vergonhosa que tratam um dos pilares para uma sociedade justa.

Conforme disse à imprensa o vereador Marquinhos (propositor da audiência), o secretário não deu nenhuma explicação convincente, muito menos apresentou solução para o caos que se instalou no setor. O parlamentar ainda afirmou que na Câmara, Feitosa fez foi debochar da cara dos vereadores, dos professores e demais presentes, digo dos professores ligados a direção do sindicato da categoria.

A crítica foi confirmada pela presidente do SINDEDUCAÇÃO, Elisabete Castelo Branco, que lamentou a ausência dos educadores (como se esperava em grande número), que segundo a mesma, foram intimidados pelas ameaças do próprio secretário que teria imposto sanções aos rebeldes que abandonassem a sala de aula naquele dia. E assim os trabalhadores que choram na chibata malvada do Edivaldo Holanda Jr não puderam comparecer, nem em sonho ao evento, pois se o fizessem, sofreriam retaliações. Enquanto isso, educadores sindicalistas e pais de alunos presentes, sequer tiveram direito a manifestação, tamanha foi a blindagem ao secretário garantida pelos vereadores da tropa de choque do prefeito, que compareceram estrategicamente com este objetivo.

Aliás, na avaliação de Elisabete, a audiência pública se resumiu a um palanque de propaganda enganosa, em que Moacy Feitosa apresentou e defendeu uma educação que só a prefeitura conhece, que passa milhas e milhas distante da realidade que se vê a olho nu. Apresentou números contestáveis e argumentos carregados de controvérsias para dizer que a Educação vai muito bem obrigado, e que problemas se resumem a pequenos detalhes, que serão corrigidos, digamos, a conta-gotas pela administração do Seu Edivaldo.

Moacy disse, por exemplo, que atualmente existem dois calendários, quando recebeu a pasta eram quatro. Para a sindicalista que vive o cotidiano, o secretário está perdido, pois existiriam muito mais até que os quatro calendários que ele se refere, uma vez que tem escola que (pasmem) ainda nem começou o ano letivo de 2016. Na contabilidade do sindicato, ao menos 37 UEBs ainda passam pela onda de reformas intermináveis da prefeitura, que mantêm minguados operários tocando os trabalhos a passos de cágado. Por sinal, já recebemos denúncia de que esses poucos operários ainda convivem com a assombração dos salários atrasados e sem ânimo algum para fazer o serviço acelerar, este portanto seria o motivo de tanta demora nessas obras.

A propósito, se tivesse que definir a educação de São Luís de uma forma bem popularesca, se diria que está cágada por uma administração das cágadas. Como diria a galera do PSTU, seria cômico, se não fosse trágico.

E com o descaso generalizado que levou a educação da rede pública de São Luís a um colapso, resta ao professor Moacy continuar reafirmando que o problema da educação é fruto da crise política no país, e que o prefeito Edivaldo não tem outra alternativa que não seja leva-la no banho-maria, nem que quem pague por isso, sejam as crianças que são molestadas no dia a dia e tem tido roubado o seu direito a educação digna.

E assim a nossa vergonhosa Educação, seja com Moacy (competente em gestões anteriores, apático nesta) ou com o possível quarto secretário da pasta, continuará cercada pelas nebulosidades palacianas, que de perspectiva, só muitas incertezas para o futuro desses pequenos indefesos.

A título de registro, dos 31 vereadores que formam a Câmara Municipal, compareceram à audiência pública, além do seu autor Marquinhos (DEM), 15 parlamentares:

Da tropa de choque do prefeito: Osmar Filho (PDT), Raimundo Penha (PDT), Concita Pinto (PEN), Beto Castro (PROS), Aldir Júnior (PR), Professor Sá Marques (PHS), Umbelino Júnior (PPS), Honorato Fernandes (PT), Bárbara Soeiro (PSC), Ricardo Diniz (PC do B), Genival Alves (PRTB) e Cézar Bombeiro (PSD).

Da base chamada oposicionista: Marcial Lima (PEN), Estevão Aragão (PSB) e Francisco Chaguinhas (PP).

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