quinta-feira, 23 de março de 2017

"WALDIR PIAUÍ" OU "WALDIR PARAÍBA"? SEM CÃO NA SUA TERRA, MARANHÃO BUSCA GATOS NA VIZINHANÇA PARA CAÇAR VOTOS A UMA SONHADA CADEIRA NO SENADO

Mesmo com uma carrada de acusações e processos nas costas, inclusive já condenado por improbidade, e fugindo da Lei da Ficha Limpa como o diabo foge da cruz, o deputado federal Waldir Maranhão (PP) dá cada vez mais sinais que quer disputar uma vaga ao senado em 2018 custe o que custar. O problema é falta de apoio político no seu Estado, pois com a ficha que tem, ninguém da alta cúpula quer arriscar, porém ele já deu um jeitinho nisso.

A nova estratégia do parlamentar maranhense tem sido ir buscar apoio de governadores dos Estados vizinhos. Já conseguiu a adesão de Wellington Dias (PT) do Piauí e Ricardo Coutinho (PSB) da Paraíba. Aliás, com suas artimanhas já convenceu até o Lula a declarar-lhe apoio, mas esse não conta, que apoia todo mundo.

E as dificuldades que tem enfrentado o Maranhão (como ficou conhecido no Brasil) são frutos dos vários episódios protagonizados por ele e escândalos que vieram à tona nos últimos dois anos, como acusação de improbidade administrativa quando reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), condenado pelo TCE-MA a devolver R$ 10 milhões desviados da instituição; E ainda, ter lotado familiar em repartição pública em condição fantasma, coincidentemente no mesmo Tribunal que o condenou; além de sua catastrófica atuação na presidência da Câmara Federal com o afastamento e prisão de seu companheiro Eduardo Cunha que deu muito o que falar. Quis até cancelar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff dias depois de seus pares o terem aprovado em plenário, numa tentativa frustrada de anular o golpe. Virou piada nacional, um verdadeiro paspalhão que envergonhou seu Estado.

Agora sua grande ambição é ser senador da República. Só que de apoio por aqui, nem mesmo do governo Flávio Dino (de quem se acha aliado) terá, pois certamente o seu nome não será o escolhido do palácio dos Leões.

Sem o prestígio necessário no meio político local, Waldir passou a ser chamado de "cerca velha", aquela que ninguém quer encostar, pois pode cair. A situação é tão complicada que até os próprios amigos (da onça) dele que lhe juram fidelidade podem há qualquer momento mudar de opinião e deixa-lo sozinho na hora H.

E Waldir Maranhão deve seguir sua via crucis até que lhe caia a ficha. Até porque é óbvio que qualquer apoio que conseguir, que não seja dos maranhenses, será insuficiente para a realização do seu grande sonho de consumo: ser senador. Aliás, o deputado precisa ter muito cuidado, pois do jeito que anda tropo das pernas, poderá perder até a vaga na Câmara Federal.

Para reverter o quadro, Maranhão precisa urgentemente melhorar a imagem (que tá feia), passando por um processo que na publicidade se chama reposicionamento de marca, senão já era. Mas pode também fazer como o Sarney, mudar de domicílio eleitoral ou até de sobrenome. Que tal “Waldir Piauí”? ou “Waldir Paraíba”? Pelas manifestações honrosas dos referidos governadores a seu respeito será muito bem aceito por lá. E faria um favor, pois "Maranhão" já ta muito saturado aos maranhenses.

Solitário na sua terra e sem cão para caçar, Waldir recorre a gatos da vizinhança, que ao menos possam miar dentro desse matagal tenebroso e assustador, numa tentativa de atrair sua caça, ou seja, o voto que o conduza a uma tão desejada cadeira no senado, o que parece uma missão quase impossível. Pelo visto, nem ele mesmo está mais acreditando nesse sonho que vira cada vez mais um pesadelo. E sua estratégia de buscar apoio em outros Estados talvez seja apenas uma forma de emplacar uma pose que lhe renda uma manchete positiva na mídia ou um post na blogosfera.

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