sexta-feira, 16 de maio de 2014

MANIFESTAÇÕES: DESRESPEITO E DANOS. RESISTO A ACREDITAR QUE FAZEMOS PARTE DE UM GRANDE CIRCO ONDE OS PALHAÇOS SOMOS NÓS

São Luis fechou a semana com protestos todos os dias. Os manifestantes interditaram várias vias da cidade, entre elas a BR 135 bloqueada duas vezes, na zona rural, causando grandes transtornos a quem pretendia entrar ou sair da capital, mas a pior delas aconteceu na quinta-feira (15/05). O motivo? Pasmem os senhores, por causa de um raio que caiu em um transformador na região de Pedrinhas, provocando falta de corrente elétrica no bairro e queimando alguns equipamentos da escola Municipal José Amaral Raposo, durante a forte chuva que atingiu a cidade nesse dia.

Foi o estopim, alguns moradores, pais de alunos, revoltados com o fenômeno natural, decidiram interditar a BR nos dois sentidos, exigindo a presença do Secretário de Educação, Geraldo Castro, ou até mesmo do prefeito Edivaldo para solucionar o problema com urgência, como se os mesmos fossem os responsáveis por tal situação. Os manifestantes só liberaram o bloqueio na BR-135, por volta das 15h, quando o trânsito voltou a funcionar.

Enquanto isso, pessoas que chegavam ou saíam de São Luis tiveram que passar por situações vexatórias, por exemplo, ficaram sem comer e sem beber água por muito tempo, fazendo suas necessidades fisiológicas às margens da rodovia, ao olhar de todos, sem contar a situação dos doentes que eram transportados do interior para receber atendimento médico na capital. Novos, velhos e crianças, doentes, ninguém escapou da ação descabida e desumana dos manifestantes.

Foram momentos sofridos, de muito stress e irritação a quem dirigia ou mesmo que ocupava um espaço dentro de um veículo, e que se obrigou a ficar por cerca cinco horas esperando a boa vontade de quem, irresponsavelmente, conduzia o protesto.

Quer dizer, agora virou moda protestar por qualquer coisa, de qualquer forma, desrespeitando-se o direito de ir e vir do cidadão e causando-se danos nocivos à sociedade? Tamanha a insanidades que não percebiam, por exemplo que vidas poderiam estar sendo sacrificas, de quem em situação de emergência dentro de ambulâncias ou mesmo de um carro qualquer pretendia chegar a um hospital.

Quer dizer, agora vai vale protestar até contra os fenômenos naturais? Então vão aos ares, entre o céu e o inferno cobrar das divindades que não chova mais ou para não mandar raios durante as chuvas.

Não que sejamos contra os manifestos de quem anseia pelos benefícios do poder público que lhes são de direito, mas a questão é que muitos desses movimentos estão sendo realizados de forma equivocada pelos excessos eminentes.

Porque não ocupar as portas dos palácios da prefeitura, do governo do Estado, Câmara, Assembléia, secretarias e deixar de lado essa intolerância que só prejudica aqueles, que assim como os próprios manifestantes, também são vítimas desse sistema?

Nessa sequência de manifestações, na verdade, alguns dos casos me cheiram mau, muito mau! Inclusive, não quero acreditar que essas pessoas insanas e inconsequentes que fazem linha de frente de movimentos estejam movidas por forças ocultas que arquitetam artimanhas com objetivos espúrios. Assim como resisto acreditar que neste momento, estejamos na realidade, fazendo parte de um grande circo, onde os palhaços somos nós.

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