Mais um capítulo da novela "A covardia" envolvendo a prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria de Saúde e a Maxtec, que vem causando danos graves às suas vítimas, os funcionários da terceirizada que prestam serviço de limpeza e higienização dentro dos hospitais e demais casa de saúde municipais de São Luís, que já entram para o segundo mês de salários atrasados. Eles são desrespeitados e humilhados, sem o amparo de ninguém.
Agora lascou de vez, pois de acordo com informações encaminhadas ao blog do Adilson Carlos por colaboradores da empresa, uma reunião entre prefeitura e a terceirizada para tratar do débito milionário do município com a mesma ocorreu na semana passada, e após, um suposto diretor do Sindicato da classe, identificado apenas como Brito, teria enviado um áudio informando o pior aos trabalhadores: de que a Maxtec não tem dinheiro e suspendeu o pagamento deles, e já avisa que eles [mesmo com o direito à greve garantido por lei] estão proibidos de realizar paralização para protestar contra a falta de pagamento.
O Sindicalista também informa no áudio que o Secretário de Saúde, Dr. Joel Nunes viajaria na quinta-feira [19] a Brasília, junto com um senador [não soube qual] para buscar R$ 30 milhões [possivelmente do governo federal] e só então os serviçais receberiam seus salários.
"Acabou reunião entre a Semus e a empresa, então é o seguinte, não tem dinheiro. Infelizmente a prefeitura não tem dinheiro pra pagar a Maxtec, tá? A Maxtec conseguiu um dinheiro, que recebeu da Emap, esse dinheiro só vai dá pra pagar pra vocês vale transporte, ticket alimentação e cesta, que eles vão pagar sexta-feira [era 20], mas o salário, não tem dinheiro pra pagar o salário. A prefeitura não tem dinheiro pra pagar a Maxtec. E o secretário de saúde, o Dr. Joel vai viajar amanhã pra Brasília [era quinta-feira,19] com um senador, eu não sei qual o senador, pra tentar liberar R$ 30 milhões, pra trazer pra São Luís, pra puder, até quarta-feira [no caso 25] pra puder pagar a Maxtec, pra poder pagar vocês. E não tem dinheiro, não. Não tem, e já tamos munidos de documentos... pra não fazer greve, porque tem todas as documentações que a prefeitura tá devendo eles, né? E se for fazer uma greve agora, agora, já no momento, a gente pode botar o serviço de vocês, trabalho de vocês em xeque", diz o áudio creditado a Brito.
A notícia foi recebida pelos trabalhadores com muita indignação, revolta, e sob muita suspeita, visto que o tom do suposto sindicalista é de conformismo diante das decisões autoritárias e escravagista da empresa com os funcionários. Eles suspeitam que o Sindicato tenha sido comprado, visto que hoje a categoria está desamparada, e não conta com mais ninguém em sua defesa.
"Quando eles não tão recebendo a propina deles, eles vão com a maior conversa fiada pra cima dos colaboradores, que a gente precisa tá junto com o sindicato, o colaborador coitado, sem receber seu salário, apoia o sindicato, fazendo greve e procurando ir pra rua. Aí quando eles tão com a propina deles, que eles não precisam de nós, eles descartam a gente aí. É assim que funciona...", comenta uma funcionária.
Uma outra fonte revelou ao blog que conversou com o presidente do Sindicato de Asseio e Conservação, identificado apenas como Max, e que ele teria confirmado que a prefeitura de São Luís entrou com um recurso na justiça para que o sindicato não aderisse a greve, pois estaria "cometendo abuso excessivo".
O sindicalista disse também à fonte que a Maxtec está ameaçando demitir todos os funcionários que por ventura participem de paralizações para reivindicar pagamento de salário.
Ainda segundo a fonte, Max afirmou que o secretário da Semus, Dr. Joel Nunes, que estaria em Brasília, em busca de R$ 30 milhões junto ao Ministério da Saúde, retornaria nesta terça-feira [24], e que uma reunião dele com a terceirizada está marcada para acontecer na quarta-feira [25], "pra dizer se a prefeitura vai repassar o dinheiro ou não".
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Dr. Joel Nunes, secretário da Semus, viajou a Brasília em busca de R$ 30 milhões para pagar a Maxtec, segundo sindicalista |
Enquanto isso os colaboradores da Maxtec, pais e mães de família, continuam em situação calamitosa e humilhante, desesperados, revoltados, com as contas atrasadas, passando necessidade e até fome, sem direito a salário, muito menos respeito, tanto pela empresa, quanto pela gestão municipal, que insistem num ato covarde contra os pobres serviçais.
Aliás, o desespero dos trabalhadores é tamanho, que um deles resolveu entrar na rede social do prefeito Eduardo Braide para cobrar uma resposta do gestor sobre o atraso salarial da categoria.
Ouça a íntegra do áudio, suspostamente do sindicalista Brito, enviado aos trabalhadores, logo após a reunião, na noite de quarta-feira 18/5].
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