Atingido pela operação da Polícia Federal deflagrada na última sexta-feira [11/3], que investiga suposto esquema de desvio de verbas federais da saúde por meio de emendas parlamentares operado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o vereador de São Luís, Beto Castro usou a tribuna da Câmara Municipal nesta segunda-feira [14/3] para explicar sobre o ocorrido e defender-se de comentários maldosos a seu respeito. Agentes da PF amanheceram na sua casa no Bairro de Fátima, numa ação de busca e apreensão.
Em seu rápido discurso Casto disse estar tranquilo, que a visita não foi tão ruim como houve divulgação por alguns blogs, e até brincou, afirmando que ofereceu café aos policiais e perguntou se eles haviam levado pão. E quando eles saíram, afirma que ainda lhe deram parabéns.
"Eu tô tão tranquilo em relação a isso, porque a visita que tive da Polícia Federal não foi tão ruim assim. Até porque eu já tava acordado [...], e quando eles bateram, bateram na minha casa tão educados, serenos, de forma bem tranquila, que ao entrar em casa eu até convidei eles [os policiais] para entrarem pra tomar o café comigo, e perguntei: vocês trouxeram o pão? Né? E eles começaram a rir [risos]. E assim, foi... vamos dizer, uma busca e apreensão dentro da minha casa tranquila, não tenho nada a esconder, foi totalmente pacífica, quando saíram de lá me deram os parabéns...", relatou Beto Castro.
O motivo da abordagem seria por conta de um depósito na conta do edil realizado por empresas ligadas ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho, conforme investigação da PF. O deposito em questão seria de R$ 15 mil reais.
Castro aproveitou para ratificar seu apoio a pré-candidatura do deputado ao governo do estado, até em gratidão ao deputado, e finalizou enfatizando que não responde a nenhum tipo de processo: "Então eu estou aqui com o coração limpo, não respondi e não respondo nenhum tipo de processo".
Conduzido pela PF
Ao blog do jornalista John Cutrim, após ter sido questionado, o vereador revelou que chegou a ser conduzido à sede da PF em São Luís para explicar a procedência de uma arma de fogo encontrada nas buscas em sua residência:
"Eu tenho uma arma que é minha, que é uso exclusivo minha, até por uma questão de segurança, até porque eu moro num bairro periférico", disse.
Ao fim de sua explanação na tribuna da Câmara, Beto Castro recebeu menções de solidariedade dos colegas vereadores Chico Carvalho e Astro de Ogum.
Ogum, por exemplo lembrou da época que foi preso em 2019, suspeito de prática de pedofilia e porte ilegal de arma de fogo, fatos que segundo ele, até hoje nada foi provado.
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