Se não bastasse a problemática na educação da rede municipal de ensino de São Luís, que tem sido mostrado na mídia, como infraestrutura das escolas em péssimas condições e até denúncia de falta de vagas alunos nas unidades escolares, há poucos dias para o retorno das aulas, tem mais abacaxis para a SEMED descascar.
Uma mãe de aluno da UEB Dr. Oliveira Roma, no Recantos dos vinhais, procurou o blog do Adilson Carlos para denunciar que a diretora do anexo da escola, que fica ao lado da matriz, decidiu implantar uma creche no referido prédio, e deixa pais revoltados, com medo que os filhos fiquem fora da escola este ano.
O problema, segundo a denunciante que preferiu o anonimato [que também fala pelos demais prejudicados], é que com a implantação dessa creche, cerca de 50 alunos, crianças com idade média de seis anos, que ingressarão 1°ano do ensino fundamental serão "expulsas" [palavras dela] da unidade escolar e jogadas para escolas em bairros distantes, sendo que muitas delas, pelas condições financeiras de pais, correm o risco de perder o ano letivo. É que muitos desses pais trabalham e terão dificuldades no acompanhamento dos filhos. Outros sofrerão por não ter dinheiro para pagar quatro passagens diárias de ônibus no deslocamento para onde elas irão. Com isso, alguns dos pequenos poderão até perder o ano letivo.
Abaixo a íntegra da denúncia da mãe enviada ao blog, que também representa a preocupação dos demais pais de alunos:
"A escola municipal UEB Dr Oliveira Roma no Recantos dos vinhais em São Luís MA passa por um grave problema, o prédio comporta ou comportava alunos do infantil I e II até o 5°ano do fundamental, sendo que no anexo da escola atendia os alunos do infantil I, infantil II e o 1°ano do fundamental, e ao lado no outro prédio [matriz] atendia alunos do 2° ao 5° ano do fundamental. Porém este ano a gestora do anexo, que segundo ela é pra atender somente alunos do infantil, resolveu expulsar as turmas do 1° ano do fundamental para implantar duas turmas de creche com crianças de 2 anos e meio, sendo assim as 50 crianças que ali iriam exercer o 1° ano do fundamental ficaram sem escola.
Mesmo que a gestora do fundamental procurasse de todas as formas convencer a SEMED que os pais destes alunos não têm condições de colocá-los em uma instituição particular ou de mandá-los pra uma escola em bairros distantes, ainda assim foi ignorada a possibilidade dessas crianças ficarem sem escola, justamente para atender um capricho da gestora do infantil.
Há 15 dias do retorno das aulas presenciais, ainda tem mães e pais desesperados por não saber se o filho vai poder ir pra escola, já que as únicas escolas que encontram vagas disponíveis ficam em bairros muito distantes, que dependem de transporte para ter acesso, o que dificulta ainda mais, porque são crianças de 6 anos de idade que não tem condições de ir sozinhas, e muitos pais, por trabalhar, não podem levar e buscar nessas escolas, também o custo em passagem que será muito grande, já que terão que pagar 4 passagem ao dia", relata a denunciante.
Isso é preocupante.
O blog deixa o espaço aberto para qualquer manifestação dos citados, se por acaso acharem pertinente.
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Lei 8069/90 Art.53 diz que: V- A criança e o adolescente tem direito ao acesso à escola pública e gratuita próximo de sua residência.
ResponderExcluirme pergunto: por que a LEI está sendo atropelada,desrespeitada? será que o Brasil é terra de Zé ninguém mesmo? será que o Maranhão é terra de Zé ninguém? 😠
A Semed nunca foi um modelo de eficiência, mas na gestão de Braide, ela desceu ao fundo do poço. A impressão que temos é que está sem comando, embora seja a secretaria com maior número de servidores e funcionários terceirizados, está longe de ter eficiência. Eu contava os dias para a saída do ex-prefeito Edivaldo, e agora conto as horas e os dias para o saída de Braide.
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