quinta-feira, 6 de julho de 2017

DOIS MUDOS E UM CALADO! DENÚNCIA CONTRA LULA FILHO DEIXA EDIVALDO, ASTRO E MP EM SILÊNCIO!

É no mínimo estranho o posicionamento do chefe do Executivo – o prefeito Edvaldo Holanda Júnior e o do Legislativo – o vereador Astro de Ogum, diante de todo este imbróglio envolvendo o super secretário de Governo, Lula Filho e membros do parlamento municipal.

Há quase duas semanas, a imprensa os vereadores de oposição vem bombardeando uma suposta fraude no sistema fazendário municipal, apontando como beneficiário o secretário Lula Filho. Ocorre que, desde então, várias matérias continuam sendo publicadas, sem que ninguém, de fato, consiga explicar a veracidade ou negativa do que vem sendo denunciado.

Uma das coisas que mais chama a atenção é o silencio intrigante das autoridades. Visando acalmar os ânimos dos edis, os secretários Délcio Rodrigues (Fazenda) e Jota Pinto (Articulação) foram designados para tal empreitada, mas o que solta aos olhos é o intervalo de tempo, ou seja, quase uma semana após a primeira denuncia.

Pois bem. Este blog teve acesso a informações importantes daquela reunião a portas fechadas na Câmara. Segundo nossa fonte, na oportunidade, utilizando-se, apenas, de duas folhas de papeis, o secretario de Fazenda negou o teor das denúncias, informando que parte do pagamento fora efetuado e a outra encontra-se em litígio, sob arguição da prescrição, mas que o colega Lula Filho iria se pronunciar quanto a tais denuncias, o que ainda não aconteceu, e certamente se acontecer, o teor poderá ser distorcido da realidade.

Ocorre que, pelo total desconhecimento no assunto e manuseio no sistema implantado na fazenda, nenhum dos vereadores, repito, nenhum, questionou ao secretário quanto uma importante dúvida. Uma farta documentação consubstancia as denúncias ora ventiladas.

Nos extratos ilustrativos nas matérias, consta, inclusive, a data de acesso ao sistema, ou seja, 26 de maio do ano em curso, onde aparece a expressão “baixado no sistema”, como podemos ver.
Pois bem, continuemos o nosso raciocínio. Por outro lado, aliados do secretário Lula Filho exibiram em plenário, pouco antes da reunião secreta, a xerox de uma guia de um documento de arrecadação municipal e o comprovante de pagamento da suposta guia de recolhimento, em nome da TRIUS GERENCIAMENTO DE METAS PROPRIETÁRIAS LTDA – ME, de propriedade do Senhor Lula Filho.

Vamos adiante. No documento entregue a imprensa, ratificando, por aliados de Lula Filho, percebe-se que a numeração constante no DAM é diferente do comprovante de pagamento feito em uma das agências do Banco do Brasil.
Ora, os vereadores deixaram de formular uma pergunta básica ao secretário Délcio: como explicar o porque de um pagamento efetuado no dia 15 de março do ano em curso, se dois meses e 11 dias após o pagamento, ainda não constava no sistema de arrecadação?

De perguntar também: Como os documentos apresentados pela imprensa, aparentemente, baixados no próprio sistema da SEMFAZ, apresentavam uma informação destoante do guia de pagamento da empresa de propriedade do secretário?

De indagar o secretário Délcio, ainda, a possibilidade na fragilidade do sistema adquirido pelo Poder Público por mais de R$ 7 milhões de reais. Pois, tomando como parâmetros os documentos apresentados pela imprensa, os quais este blog teve acesso e a guia de pagamento do imposto pago pelo secretário, que também tivemos acesso, chegamos a uma conclusão bastante óbvia, que alguém está mentido.

Contudo, estranhamente, tanto o Executivo quanto o Legislativo permanecem calados. Quem também permanece calado é o secretário Lula Filho. Ao invés de se pronunciar sobre o assunto, pois embora o Direito aduz que o ônus da prova cabe a quem acusa, e já tendo essas sido as provas apresentadas, e exibir os tais comprovantes de pagamento, na contramão da lógica e inteligência humana, insiste em se referir ao Legislativo de forma desrespeitosa.

Em tempo, o Ministério Público parece até que acordou. Quer apurar o caso das emendas, mas ignora as denúncias documentadas do suposto esquema do qual o secretário teria se beneficiado.

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