Parece que virou molecagem! Após colocar suas vidas em risco dentro das casas de saúde do município de São Luís durante toda a pandemia da covid-19, prestadores de serviços da empresa Maxtec agora recebem a mais absurda recompensa: atrasos nos salários todo mês, e para recebê-los, só no grito. O prefeito de São Luís Eduardo Braide precisa urgentemente tomar as rédeas ou demonstrará seu desleixo e desrespeito com a classe.
Mais uma vez a terceirizada atrasa os salários dos profissionais da limpeza e higienização dos hospitais, socorrinhos, unidades mistas e postos de saúde da capital. Segundo informado ao blog do Adilson Carlos, o pagamento devia ser feito nesta terça-feira, 7, mas simplesmente o dinheiro não foi depositado nas contas dos trabalhadores, para revolta geral. Por isso, no hospital Djalma Marques, o Socorrão I, houve paralização no serviço. Em outras unidades também já há indicativo de greve, como é o casso do Hospital da Criança, previsto para acontecer nesta quinta-feira, 9.
Além do atraso no vencimento, a categoria reclama que a empresa não pagou o 13º salário, que que teve promessa de depósito para o dia 30 de novembro, o que não aconteceu.
"O décimo eles ficaram de pagar dia 30 de novembro, mas eles não pagaram", comentou uma funcionária que procurou o blog.
No mês de novembro os trabalhadores só receberam os salários após cruzarem os braços e fazerem um manifesto pelas ruas da cidade, que terminou com um ato na frente prefeitura.
A Maxtec tem alegado que a prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde [SEMUS] gestada pelo Dr. Joel Nunes, não tem feito os repasses, o que tem inviabilizado os pagamentos dos funcionários.
Deveria ser crime
O prefeito Eduardo Braide e seu secretário da Semus Joel Nunes precisam tomar uma dose de sensibilidade e ter o mínimo de respeito com esses profissionais, pais e mãe de família que dão duro dia e noite dentro dos hospitais e demais unidades da rede municipal de saúde. Vítimas de uma maldade que está acontecendo nas barbas dos gestores do município, eles já chegaram a ficar até quase três meses sem ver a cor do dinheiro, fruto de seu trabalho.
Aliás, atrasar os salários desses trabalhadores deveria ser crime, diante do que eles representam para a ordem nesses ambientes, senão vejamos:
Nesta pandemia da covid-19, enquanto a ordem era "fique em casa", eles estavam colocando a vida em risco lá dentro dos hospitais, labutando dia e noite, dobrando plantões para proteger minimamente as casas de saúde, no esforço de combate ao coronavírus.
Enquanto o governador decretava o lockndow, exigindo que ninguém saísses de casa, a Maxtec dava declaração para garantir o deslocamento desses guerreiros ao trabalho, sem que eles fossem perseguidos pela fiscalização.
E mesmo se contaminando com a doença, eles não foram dispensados dos postos de trabalho. Segundo informações, houve gente trabalhando com covid, e até registro de óbitos, entre eles, a senhora conhecida como Dona Rosinha, que trabalhava no Socorrão II, no setor da clínica médica e foi infectada pelo vírus.
Não é possível, que depois de todo esforço, dedicação para manter esses ambientes em ordem, a recompensa da prefeitura a esses profissionais seja a mais cruel possível: negar ou permitir que neguem seus salários, tirando-lhes o direito à dignidade.
O que está acontecendo?
Nesse episódio todo, é percebido que ocorre um fogo cruzado entre a prefeitura e a Maxtec. Segundo informações, a primeira estaria tentando desbancar a segunda de prestar o referido serviço, para colocar outra empresa no seu lugar, e a tática tem sido o corte no repasse de verbas.
Segundo o que apuramos, no mês de novembro deste ano, a Semus estaria devendo cinco meses para a terceirizada, cujo débito já chegaria ao montante de quase R$ 10 milhões. Para manter os vencimentos em dia, a empresa teria realizado três empréstimos para pagar salários dos funcionários.
Porém, sem recursos e com medo de continuar se alagando em dívidas, ela passa a cortar os os salários dos trabalhadores, e estes, por sua vez, tem chegado ao limite da tolerância, pois estão vivendo sem comida na mesa, com suas contas em atraso, cobrador na porta, energia cortada, enfim, e assim, partem para a paralização.
Quer dizer, nesse jogo sujo entre a prefeitura e a Maxtec, estão fazendo os pobres trabalhadores de bode expiatório.
Se a prefeitura pretende trocar a empresa porque não o fazer isso pelos meios legais, sem prejudicar o trabalhador?
Usar essa estratégia é golpe baixo, um atentado à dignidade humana, uma covardia, para não dizer no popular, uma tremenda sacanagem.
A Maxtec ao lado da Clasi é a que tem o maior número de contratos com a prefeitura, e essas empresas são desde o início do gov. Edivaldo, a gestão atual renovou todos os contratos. O problema é que qd assinam demonstram que têm recursos próprios para pagarem até 3 meses os funcionários caso a contratante não repasse o dinheiro. O estranho é que na gestão anterior, as empresas demoravam mais tempo para receberem dos órgãos e mesmo assim pagavam os funcionários em dia, os atrasos agora por parte dis órgãos às vezes chega até um mês, e a Maxtec atrasa o pagamento dos funcionário, acontece assim na Semed com os porteiros da Maxtec. Eu ñ estou devendo o Braide, mas essa afirmação de que os atrasos são para forçar uma quebra de contrato não se sustenta porque a administração renovou os contratos da Maxtec já nesta gestão, se quisesse trocar, que deveria pelo tempo que as empresas têm, não teria renovado os contratos. A terceirização só é vantajosa para empresários e políticos, pois a carga horária dos trabalhadores é maior, a exemplo desses da limpeza e dos porteiros, pois trabalham dia sim dia não por 12h. Não estou devendo a gestão atual, só estou expondo os fatos, eu costumo criticar o prefeito por isso nas pag. sociais dele. O ideal seria fazer um concurso público e assim os trabalhadores receberiam salários direto da administração sem vínculo com empresas, mas assim não deve interessar ao prefeito nem aos empresários porque nenhum deles ganha com servidores do quadro ou seletivados. Os porteiros das escolas tb estão esperando receberem o salário hoje ou amanhã e o 13° salário, caso contrário irão fazer manifestação na porta da Semed.
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