São
Luís amanheceu neste sábado o seu terceiro dia sem ônibus do transporte
coletivo nas ruas, e pelo visto seguirá assim pelos próximos dias, deixando a
população sofrendo barbaridade por conta deste “fogo amigo” entre empresários e
prefeitura por mais um reajuste de passagem. O teatro continua...
Na
manhã deste sábado ocorreu mais uma reunião de conciliação na sede do
Ministério Público do Trabalho, entre os atores de um verdadeiro espetáculo:
Sindicato dos Rodoviários, Sindicato das empresas (SET), Prefeitura (por meio
da SMTT) e Governo por meio da MOB, sendo que não houve acordo. Uma outra está
marcada para o final da tarde, às 18horas no mesmo local. Numa "via
crucis", os usuários vivem a expectativa de que tudo se resolva ainda
hoje, e que a cidade acorde neste domingo com os coletivos circulando.
Na
teoria, nas reuniões que tem ocorrido os agentes discutem a situação dos trabalhadores, estes que carregam uma
“penca” de reivindicações, exigindo garantias de direitos que estão sendo
negados pela classe patronal, entre eles pagamentos de salários atrasados, ticket
alimentação, plano de saúde e até reajuste nos rendimentos, que estão
defasados. Na prática, porém, o que está em jogo é a luta dos empresários por
mais um aumento nos preços das passagens do transporte coletivo da capital e
demais municípios da Ilha. No discurso, a prefeitura não aceita.
Reunião na manhã deste sábado no Ministério Público |
Para
engrossar o angu de caroço, o prefeito Eduardo Braide, deu “murro” na mesa e
anunciou a poucos dias que não concederá um reajuste desejado pelos
empresários, que elevaria a maior passagem dos atuais R$ 3,70 para R$ 4,80 ou
R$ 4,90. Com a negativa do prefeito, ao que tudo indica, os empresários reagiram e partiram para o contra-ataque.
Aliás,
dizem as “más” línguas, que os movimentos paredistas do Sindicato dos
Rodoviário que tem eclodido na cidade nos últimos dias, nas garagens de algumas
empresas, bem como a paralisação geral da categoria iniciada na quinta-feira [21] seria combinado com o SET, e que tudo o que estamos acompanhando não passa de
encenação pelo reajuste tarifário, como é de costume acontecer.
Este duelo também poderá mostrar quem manda no sistema de transporte da cidade:
a prefeitura ou o SET?
O
resultado desta cana de braço poderemos ter logo, logo. E pode anotar aí que essa
greve só vai acabar mediante o aumento das passagens concedido [na pressão] pela prefeitura,
e não porque os empresários irão atender a “penca” de reivindicações dos
trabalhadores.
Ou Braide terá carta na maga?
Nessa jogada toda só existe uma certeza: o bode expiratório são os usuários, que pagam muito caro por um sistema falido.
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