quarta-feira, 12 de maio de 2021

INCOERENTE, ÁLVARO PIRES SURFA NA ONDA DE “RESSUSCITAR” O VLT EM SÃO LUÍS



Após quase dois meses suspensas, as sessões presenciais na Câmara Municipal de São Luís voltaram a acontecer desde a semana passada, e logo no retorno  dos edis ao plenário Simão Estácio da Silveira, mesmo ainda de forma híbrida, um tema polêmico entrou na pauta. Trata-se de um requerimento apresentado pelo vereador Alvaro Pires (PMN) pedindo a ressurreição do famoso VLT (Veículo Leve sobre Trilho), aquele mesmo inventado pelo ex-prefeito João Castelo, assassinado por Edivaldo Holanda Jr, e agora enterrado por Eduardo Braide.

Em sua proposição o parlamentar solicita em caráter de urgência que a prefeitura da capital, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte – SMTT,  viabilize a operação do VLT, para seu pleno funcionamento, e que o mesmo venha a atender os moradores da Área Itaqui-Bacanga.

É, seria uma grande proposta, se não fosse o posicionamento de incoerência de Álvaro Pires, que recentemente foi um dos edis que confirmaram o veto do prefeito Eduardo Braide [Podemos] ao Projeto de Lei do vereador Astro de Ogum [PCdoB] que pedia ao Executivo Municipal a regulamentação do Sistema de Transporte Ferroviário Municipal de Passageiros – STFP para o funcionamento do mesmo VLT. O PL havia sido aprovado pela Câmara e enviado ao então prefeito Edivaldo Holanda Jr em outubro de 2019, que não deu a devida importância, e por último foi descartado pelo veto do atual gestor.

Na votação, Astro contou com o apoio de apenas três vereadores: Paulo Victor (PCdoB), Andrey Monteiro (Republicanos), e Jhonatan Soares do Coletivo Nós (PT), enquanto os demais, entre eles Álvaro Pires votaram com prefeito para enterrar o maldito VLT, que Edivaldo após matá-lo, jogou seus restos mortais em um galpão alugado (a peso de ouro) no bairro São Cristóvão.
Pelos argumentos de seus defensores, para o funcionamento do VLT é necessário a regulamentação deste sistema de transporte, que já foi negada no mês de fevereiro pelo executivo e legislativo municipais.

Só recapitulando, votaram a favor do veto: Dr. Gutemberg (PSC), Thyago Freitas (DC), Octávio Soeiro (Podemos), Ribeiro Neto (PMN), Karla Sarney (PSD), Rosana da Saúde( Republicanos), Álvaro Pires (PMN), Antônio Garcez (PTC), Francisco Chaguinhas (Podemos), Francisco Carvalho, Domingos Paz (Podemos), Edson Gaguinho (DEM), Marcos Castro (PMN), Nato Júnior (PDT), Raimundo Penha (PDT), Silvana Noely (PTB) e Umbelino Junior (PRTB).

Quer dizer, se o prefeito Eduardo Braide já havia descartado a possibilidade de reativação do transporte na sua gestão, a Câmara confirmou o veto do Executivo, inclusive com o voto do próprio Álvaro Pires, que diabos agora o parlamentar  vem surfando nessa onda de “ressuscitar” o fatídico VLT?
Não é minimamente contraditório?
Ou será apenas mais um engodo de alguém, usando o  veículo  que custou milhões, sem servir para absolutamente nada, e ainda continua causando prejuízos ao erário público?

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