A imagem acima durou pouco tempo. Ninguém entendeu direito, e ainda repercute muito a desistência do deputado Adriano Sarney [PV] em disputar a prefeitura de São Luís nas eleições de novembro. Há quem diga que a decisão foi pura covardia, mas o neto do ex-presidente José Sarney "arregou" mais uma vez de concorrer a um pleito eleitoral majoritário, demonstrando seu lado de menino mimado, que eu chamaria de "Menino do buchão".
"Menino do buchão" é aquele tipo "mala", birrento, que quer ser o centro das atenções, se não for do jeito dele, se joga no chão, esperneia, faz "draminha"... Não sabe perder num jogo, e recorre a todos os artifícios, inclusive chantageando os pais, em atitudes vingativas para ganhar a qualquer custo uma pelada de rua, por exemplo.
Não é a primeira vez que Adriano retira seu nome de um pleito, após já ter consolidado pré-candidatura. Na eleição de 2012, abdicou de Paço do Lumiar, na Grande São Luís, onde tinha o apoio de ninguém mais que a prefeita à época, Bia Venâncio [ou Aroso], que mais tarde entraria para a lista dos maiores "saqueadores" dos cofres do município luminense, segundo as tantas denúncias do Ministério Público e condenações sofridas pela Justiça do Maranhão e pelo TCE.
Este ano, muito empolgado, Adriano sonhava mais alto, e até saiu na frente dos demais pré-candidatos, sendo o primeiro a lançar candidatura a prefeito da capital maranhense, no dia 31 de agosto, candidatura essa que duraria apenas 26 dias, menos de um mês. O deputado alega que a desistência se deu por não ter tido espaço nos debates que serão realizados pela TV Difusora, muito embora ainda contaria com muitos outros espaços na mídia local para expor suas ideias [como pretendia], incluindo o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que por minimo que seja o tempo, pode ser um grande palanque a quem sabe aproveitá-lo bem.
Na cabeça do "Menino do buchão", porém, isso não era tudo, mesmo sabendo que suas chances de chegar num segundo turno eram mínimas, pois a última pesquisa [do Ibope] o colocava em 5º lugar, com 4%, numa diferença cavalar em relação ao primeiro colocado que aparecia com 43%. E quem conhece a oratória do parlamentar, afirma que, mesmo participando de todos os debates possíveis faria pouca diferença, somando-se a isso o fato que em São Luís, historicamente, candidatos da família Sarney não levam muita vantagem em pleitos.
Ou seria o rapaz tão ingênuo a ponto de não entender, que nem a própria família acreditava no seu projeto político, uma vez que o deram as costas, ao fazer aliança com Neto Evangelista [DEM], ou em outras palavras, com a turma de Weverton Rocha [PDT] e Flávio Dino [PCdoB], que na teoria são rivais políticos contumazes do seu grupo?
Aliás, o cacique José Sarney até chegou a destorar o coro do MDB e declarou apoio ao neto, para tentar levantar a auto estima do garotão. O que não se sabe é se na hora digitar o número iria errar, repetindo o feito da eleição de presidente de 2014, quando entrou na cabine [com broche e tudo] para votar no 13 da "companheira" Dilma [PT], mas acabou digitando o 45 do Aécio Neves [PSDB]. Será se até isso pesou na decisão do ex-candidato do PV?
O fracasso de Adriano [que até se recusa a apoiar qualquer um dos 11 candidato que restam, incluindo os dois possíveis da família] deve ter tido muito mais motivos que a suposta culpa imposta por ele a TV Difusora, que parece o mínimo para quem entrou num jogo acreditando no seu potencial. Deve ter acreditado em algo mais que não conseguiu atingir.
O certo é que Adriano "arregou" feio, bancou o "Menino do buchão", botou a bola debaixo do braço e saiu de campo dizendo que não queria mais jogar, deixando os companheiros de equipe [seus candidatos a vereador] sozinhos, que agora precisarão pedir bola emprestada para terminar o jogo.
Agora a pergunta que não quer calar é: Qual será a próxima prefeitura que o neto de ex-dono do Maranhão, filho do ex-eterno deputado federal irá se aventurar, para no miar do gato ainda desistir?
Como sugestão, que tal Macapá, capital do Amapá [do avô?] ou Amapá do Maranhão [que também lembra o avô]?!?
Os ludovicenses agradecerão a ausência de um vergonhoso político "arregão".
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