Por falta de quórum a Câmara Municipal de São Luís não
realizou sessão nesta segunda-feira (08/04), o que não é novidade. É que parte dos vereadores faz "corpo mole" para o trabalho a que foram confiados pelos eleitores, especialmente no primeiro dia da semana.
O plenário Simão Estácio da Silveira tem enfrentado dificuldades para reunir no horário regimental o número mínimo de 16 dos 31 edis para aprovar a ata e dar sequência aos trabalhos com o pequeno expediente e a votação da ordem do dia. Há quem respeite isso, mas uma maioria, não se sabe por quais motivos não consegue chegar no serviço às 10h da manhã. Outros comparecem quando e como querem, e assim os trabalhos nos três dias da semana (segunda, terça e quarta) tem sido realizados com média baixa, quando chega a 20 membros em plenário é milagre, e casa cheia.
A estratégia dos incomodados foi sugerir alteração no regimento
interno da casa, estabelecendo um novo horário de serviço, que está sendo
antecipado para as 9h. O problema é que vereadores são indisciplinados, e sem o
mesmo compromisso de um trabalhador comum, atrasam os trabalhos, que são
iniciados quase sempre depois das 11h. Como após o meio-dia bate a fome e
ninguém é de ferro, há esvaziamento do plenário, e às 13h já não há quase
ninguém. Desta forma, o grande expediente já foi até abolido das sessões. Isso sem falar que, quando o presidente está "inspirado", ao perceber que não deu quórum, anuncia "fim de papo" antes das 11h. Fatores como estes tem sido drasticamente prejudiciais aos debates visando buscar melhorias para a cidade que vive
um caos sob o comando de um gestor incauto.
Na real, a
ideia de descer o início das sessões paras as 9h é apenas uma forma de ver se
às 10h os parlamentares já se encontram reunidos, o que dificilmente ocorrerá
mesmo com as tais medidas que devem ser implantadas em breve. É aquela coisa,
muda-se personagens, mas as práticas não, e o dilema continua: vereador chega
atrasado ou não comparece para trabalhar, faça chuva, faça sol.
É esperar pra
ver como se comportarão os rebeldes quando as novas medidas entrarem em vigor, que incluem também um
número menor de parlamentares para o início das sessões e até desconto nos
salários dos faltosos.
Certamente daria certo se a população ( o patrão) tivesse participação efetiva na
Câmara, fiscalizando os seus empregados, e até cobrando punição (de verdade)
aos "fora da lei". Mas infelizmente não é assim que funciona, e eles agradecem.
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