Certamente o eleitor maranhense já esqueceu, que a maioria de seus representantes no Congresso Nacional votou pela permanência de Michel Temer na presidência do país, mesmo após denúncias de corrução no seu governo, vista a olho nu pelos brasileiros. Em uma das denúncias Temer era acusado pela Procuradoria Geral da República de liderar uma organização criminosa que desviou R$ 587 milhões dos cofres públicos por meio de propinas, logo que se apossou do palácio do Planalto em 2016.
No dia 25 de outubro de 2017 os parlamentares enterraram de uma vez por todas qualquer possibilidade de Temer ser investigado por atos de corrução no Supremo Tribunal Federal (STF), dando-lhe salvo conduto para continuar praticando ilícitos e tomando medidas drásticas contra os brasileiros, atendendo a ordens do capital, especialmente as reformas. Segundo informações, os apoios ocorreram em troca de vantagens, seja em dinheiro por meio emendas ou em cargos oferecidos pelo mesmo governo. 11 deputados do Maranhão se acovardaram e esqueceram seu eleitor, preferindo ficar do lado de Temer, sendo taxados de "traidores do povo".
Agora relembre os discursos dos deputados maranhenses para defender o presidente corrupto da "degola". Alguns foram mais comedidos, demonstrando certo receio, como Zé Reinaldo e Sarney Filho. Outros não escondiam a euforia, como que valesse a pena ignorar o sentimento de indignação do povo brasileiros que assistia pela imprensa as roubalheira promovida no governo do MDB com conivência dos partidos aliados e o festival de de ataques aos direitos do cidadão. As vozes eram uníssonas, dando ressonância a tese dos advogados de Temer, de que faltavam provas para as acusações, que chamavam de mera ilação. Os mais empolgados e eloquentes foram: Cléber Verde, Victor Mendes e Hildo Rocha.
André Fufuca: Pela estabilidade política e econômica do meu país, não para inocentar, mas para que o presidente seja investigado e julgado após o termino do seu mandato e em respeito a orientação partidária do partido progressista, voto sim.
Cléber Verde: Sr. presidente, a denúncia que hora analisamos, ela já... primeiro não apresenta provas concretas, baseado no que foi encaminhado para o Ministério Público; segundo, o colegiado técnico desta casa, que é a CCJ, Comissão de Constituição e Justiça já afastou a denúncia, portanto, lá eu sou membro dessa comissão, votei contra esta denúncia, e portanto acompanho o relatório que foi vitorioso na Comissão e voto, portanto sim.
Hildo Rocha: Sr. presidente eu voto a favor do relatório da comissão de constituição e justiça que diz claramente que a denúncia do Rodrigo Janot é inepta e é carregada de vontade política. De querer desestabilizar o nosso país. E pela estabilidade do nosso país eu voto sim pelo relatório do deputado Abi-Ackel.
João Marcelo: Presidente, eu voto com o relator, meu voto, eu voto sim.
Zé Reinaldo: Sr. presidente, eu voto sim.
Júnior Marreca: Sr. presidente, nós temos que parar de brincar de trocar presidente como se troca de roupa, eu voto sim ao relatório.
Juscelino Filho: Sr. presidente, pela retomada econômica do nosso país, pela estabilidade eu voto sim.
Pedro Fernandes: Sr. presidente, só o poder legislativo tem o poder político. Eu acho que com o poder político podemos dar uma trégua na crise política desse país. Por isso, Sr. presidente o Brasil não aguenta ter presidente de plantão. Eu voto sim ao relatório.
Sarney Filho: Sim, com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça.
Victor Mendes: Sr. presidente, o presidente Temer será investigado mais na frente. Essa denúncia se baseou no artigo 317 do código de processo penal, do código penal. Só que a corrupção não foi praticada por ele. O ministério Público não conseguiu mostrar quem pegou o dinheiro, então essa denúncia se baseou em “iliação” (ilação correto) e suposição (mesmo discurso do advogado de Temer). Afastar o presidente, desestabilizar o país em base de suposição é frágil, por isso eu voto sim ao relatório.
Como os referidos deputados aparecem nesta eleição?
Aluísio Mendes, André Fufuca, Cléber Verde, Hildo Rocha, João Marcelo Souza, Juscelino Filho, Victor Mendes são candidatos a reeleição.
José Reinaldo e Sarney Filho foram mais audaciosos e se lançaram candidatos ao senado. Quem sabe o povo já esqueceu as traições.
Pedro Fernandes, para manter a cadeira lançou seu lugar o filho, Pedro Lucas Fernandes e sai como primeiro suplente de Eliziane Gama ao senado, uma artimanha dos traidores do povo, colocar filhos ou parentes, com medo da rejeição do eleitor consciente.
Junior Marreca também colocou o filho Júnior Marreca Filho, depois de ser impedido pela Justiça Eleitoral por improbidade administrativa.
Todos eles apostam que o eleitor é burro e já esqueceu de todas as maldades a que foram coniventes, e vão tirar a prova disso no dia 7 de outubro com os resultados nas urnas.