Esta é a ficha eleitoral de dona Maria de Jesus do Nascimento Lima, uma "pescadora" de Vitória do Mearim, que virou empresária e se elegeu vereadora em Monção. Até aí normal, o problema é que essa simpática senhora (juntamente com mais duas pessoas do município), foi pega no pente fino do Ministério Público Federal no Maranhão tirando pão da boca de miseráveis do Estado.
Este é o prefeito de Monção, João de Fátima Pereira. Não é que as duas filhas desse cidadão mais a vereadora Maria de Jesus, mesmo sem necessidade alguma, recebiam o mísero benefício do Bolsa Família e até o tal seguro defeso pago a pescador no Município?
A denúncia foi feita pelo procurador da República Juraci Guimarães Júnior e virou notícia no Brasil.
De acordo com o MPF, Cleomara Pereira, uma das herdeiras do prefeito, recebia o benefício desde 2009. Dois anos depois, Cleomara passou a exercer o cargo de Conselheira Tutelar em Monção com salário de R$ 1.356. Com a contratação, a renda familiar per capita ultrapassou o limite permitido pelo programa, que é de R$ 77.
Cleonara, outra filha do prefeito, era beneficiária do Bolsa Família, mesmo exercendo desde 2013 cargo comissionado na Prefeitura de Monção, assim como o marido dela – ambos recebem R$ 1,5 mil mensais.
Ainda segundo a denúncia, entre 2009 e 2013, Cleonara também recebeu o “seguro defeso”, espécie de seguro-desemprego pago aos que declaram a pesca como única fonte de renda. As informações cadastrais em ambos programas são divergentes, uma vez que Cleonara declarou ao Bolsa Família que era dona de casa e não tinha renda.
Quanto à simpática vereadora Maria de Jesus, ela recebe o benefício desde 2008, e mesmo se elegendo vereadora em 2013, não se desvinculou do programa. Segundo a denúncia do MPF, mesmo antes de ocupar o cargo público, ela não se enquadrava no perfil dos beneficiários pois possuía dois automóveis, uma residência e um ponto comercial, todos avaliados em R$ 136 mil. A prova está ali nas informações prestadas por ela à Justiça Eleitoral.
Segundo o procurador da República Juraci Guimarães Júnior, autor da denúncia, “é inadmissível que pessoas com considerável renda e patrimônio e inclusive ocupando cargos públicos recebam recursos públicos do Bolsa Família e do Seguro Defeso destinados a atender às famílias mais pobres da população”.
Legal, né? Pra uma cambada de gatunos, sim. Agora, é por causa dessa corrução desenfreada, aliada a certeza da impunidade, que essas senhoras e senhores vão continuar tirando proveito das facilidades que lhes estão ao alcance, ou seja, vão continuar fazendo farra com os dinheiro público que deveria ser exclusivamente de pobres e miseráveis, e nunca serão presos por isso, muito menos serão obrigados a devolver esses recursos aos cofres.
O gozado nessa história é que, enquanto muitos daqueles que necessitam, sequer conseguem realizar o cadastro nesses programas sociais, cretinos descarados, se apropriam dessas migalhas, que certamente servirão apenas como renda extra para ajudar nas despesas das suas cadelinhas de estimação. É por isso que esse país não vai pra frente!
Pena que a estrutura do Ministério Público seja tão tímida em relação a complexidade do 'mundarel' de corrupção a que estamos expostos.
Vergonha, Maranhão!!!!
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