SÃO LUÍS PODERÁ FICAR SEM ÔNIBUS MAIS UMA VEZ. RODOVIÁRIOS AMEAÇAM NOVA PARALISAÇÃO

Os rodoviários de São Luís poderão parar suas atividades em breve, deixando a cidade mais uma vez sem transporte coletivo para cobrar mais segurança dentro dos ônibus na região metropolitana. O alerta foi dado nesta quarta-feira (27/07) pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Isaías Castelo Branco, em entrevista ao programa "Revista 560" da Rádio Educadora AM.

Segundo o sindicalista, a paralisação é uma reação da categoria após um motorista ter sido baleado quando trabalhava, fato ocorrido nesta semana na zona rural da cidade, e será necessária para exigir medidas urgentes e eficazes no combate a desenfreada onda de assaltos dentro dos coletivos. Sua execução dependerá de uma reunião da classe que deverá ocorrer na próxima quarta-feira (03/07), após novas conversas com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

“Se fizermos essa paralisação será em favor da vida", disse Isaías, justificando que não é só o motorista e o cobrador, mas também todos os usuários são vítimas dos bandidos que tem levado o terror para dentro dos ônibus. Ele destacou também que na tarde desta quarta-feira, a diretoria executiva da entidade se reuniria para deliberar sobre o assunto.

Para Castelo Branco, até que tem havido algum esforço do Sistema de Segurança para inibir as ações criminosas, mas as estratégias da polícia tem sido insuficiente diante do aumento dos ataques, cada vez mais violentos, que tem deixado os trabalhadores em pânico.

Sobre as estatísticas, Isaías revelou que só no mês de julho, até terça-feira (26/07), o sindicato já havia registrado 48 assaltos a ônibus na Grande São Luís, número que já é superior ao mês passado, quando foram registrados 45. O primeiro semestre de 2016 contabilizou 307 casos.

SISTEMA SEMAFÓRICO DE SÃO LUIS ESTÁ DOENTE: INCOMPETÊNCIA, MÁ GESTÃO OU TUDO JUNTO E MISTURADO?

É notório para todos que o sistema semafórico de São Luís está doente e esta doença, pelo visto é incurável. Por lei, é competência de o município manter estes equipamentos funcionando em prol da segurança no trânsito, mas a prefeitura da capital maranhense tem dado as costas para esta medida, deixando vidas entregues a própria sorte. Para provar isso, basta transitar pelas ruas e avenidas desta cidade que você verá um verdadeiro caos e um festival de semáforos velhos e sucateados o que tem deixado desprotegidos pedestres e condutores.

Na rua das Cajazeiras, em pleno centro da cidade, há dois dias (quinta e sexta) que os semáforos estão completamente apagados, em frente ao hospital Djalma Marque, o Socorrão I, colocando em risco a vida dos milhares de pedestres que ali atravessam diariamente. Os condutores precisam redobrar a atenção para não atropelas alguém ou mesmo colidir com outro veículo.

Nas avenidas da cidade parte dos semáforos que não funcionam corretamente. E assim como em muitas outras vias, é um que só funciona o verde, outro só o verde e vermelho, ou só vermelho e amarelo. Dentro dos bairros é pior, que o diga a Cidade Operária, Cohatrac, Cohab etc, etc.

Na Africanos, outra via do descaso da prefeitura com a sinalização, os luminosos em frente a escola Fundação Bradesco já chegaram a passar quase três meses sem funcionar, colocando em risco a vida de crianças, sem que a Secretaria de Trânsito e Transportes (SMTT) tomasse com urgência as devidas providências. Da mesma forma no cruzamento do Coroado.

A propósito, recentemente a falta da sinalização causou a morte de um pedestre em frente à escola Darcy Ribeiro, o que levou a SMTT, a colocar às pressas agentes de trânsito permanentes no local (não se sabe até quando ficarão lá).

Aliás, nem mesmo os luminosos da avenida Daniel de La Touche, na cara da própria SMTT, escapam da incompetência deste órgão responsável pelo setor. Constantemente os semáforos entre Ipase e Cohama estão em tique-nervoso, deixando pedestres e motoristas doidos, ou mesmo acidentados e até mortos. A complexidade se espalha por toda a cidade, que ao contrário do que pode entender a SMTT, não estão ali para fazer graça pra ninguém, nem de enfeite como se fossem luzes de árvore de natal, mas para proteger vidas no trânsito.

As reclamações da sociedade por um trânsito descente, com sua sinalização como manda a lei tem sido constantes, mas lamentavelmente, o Secretário desta pasta tem dado as costas para o problema, fazendo ouvido de mercador, pois nem com mesmo uma reportagem que denunciou este colapso em nível nacional, pela Rede Globo de Televisão foi capaz de gerar alguma mudança imediata para o setor, que continua de mal a pior. Ou seja, cobrar por responsabilidade nesta gestão é malhar em ferro frio.

O que estará acontecendo para este descalabro na sinalização de São Luís? É incompetência da SMTT que não saberia lidar com a questão? Má gestão da prefeitura? Ou tudo junto e misturado? Porque o que se vê é que aqui foi adotado a política do “cada um por si” e a população (quer pedestre ou condutor) que se dane.

Pelo visto, vivemos mesmo em terra de muro baixo, no mato sem cachorro, onde a prefeitura, acima da lei, faz vitas grossas às suas obrigações, ignorando os direitos do cidadão a um trânsito seguro. Assim, com o conjunto semafórico da cidade doente, continuarão tomando alguma providência de forma paliativa, apenas a cada vez que ocorra mais uma tragédia, como a que recentemente matou um estudante em frente à UEB Darcy Ribeiro, na avenida dos Africanos.

SE LIGA CONTRÁRIO NO “X" DA QUESTÃO: BETO CASTRO DIZ QUE VIRÁ COM O TERCEIRO DOCUMENTO PARA A ELEIÇÃO DE 2016

Se Carioca & Cia acreditavam num desgaste de Beto Castro e que teriam tirado o tesão do vereador de disputar a eleição este ano com a história da duplicidade de documentos, mais uma vez se estatelaram na casca de banana e viajaram na maionese. Depois de viver o inferno de cabo a rabo no exercício de parlamentar por conta da tal acusação, contrariando os inimigos, Castro afirma que será candidato e agora virá mais forte e mais: de posse de mais um documento para a coleção.

Segundo denúncia de Paulo Roberto Pinto (o Carioca), para ser eleger em 2012 Castro teria usado documentos falsos, pois teria ao menos duas identidades, dois CPFs, dois títulos de eleitor, o que ainda reverberava ser muito mais que isso. O caso foi para o TRE-MA e acabou no Superior Tribunal Eleitoral em Brasília, resultando na cassação de Castro, concedendo a Carioca o gostinho de sentar na cadeira de vereador, num mandato relâmpago, que durou menos de um mês porque uma nova decisão da corte superior reconduziu Castro ao cargo na Câmara Municipal para desespero geral do rival.

E para 2017? Bom, encontrei causalmente Beto Castro na rua e ele afirmou que cumprirá seu mandato até o fim, pois não acredita em uma nova decisão judicial desfavorável; e garantiu que será candidatíssimo ao segundo mandato na eleição deste ano. E como ficará a questão da duplicidade de documento neste pleito, e ele mandou o recado: “Venho com tudo para essa eleição e agora com o terceiro documento”, disse com brincadeirinha pra tirar onda com os contrários, é claro, mas certamente que sua candidatura e uma possível eleição será motivo de especulações no âmbito político e abrirá questionamentos jurídicos.

Eleito pelo PRTB, Beto Castro teve como suplente o dito Carioca, que o perseguiu desde que ganhou a eleição e ainda alimenta um possível retorno ao legislativo ludovicense nesta legislatura via “tapetão”.

Em 2016, Castro que após seu retorno à Câmara tem mantido uma agenda permanente junto às lideranças comunitárias parceiras do seu mandato (principalmente no eixo Bairro de Fátima – Areinha – Parque dos Nobres e redondeza), será candidato pelo PROS, seu atual partido.

O que vai acontecer daqui pra frente? Façam suas apostas e vamos ficar de olho nos seus companheiros de chapa na eleição proporcional, para ver se o seu próximo parceiro será tão amigos da onça quanto Carioca porque se for, ai ta lascado! Seria o fim da picada para o “X" da questão.

CAPITAL DOS BURACOS: REVOLTADOS COM A FALTA DE INFRAESTRUTURA, MORADORES MANTÉM FECHADA ENTRADA DO COROADO E ACUSAM PREFEITO POR ABANDONO. RUA DOS GATÕES VIRA ESTACIONAMENTO E SÓ A SEMOSP NÃO VÊ

Parece até brincadeira ou muita coincidência, mas encontrei mais uma rua de São Luís que leva nome de bichano. No meu penúltimo post mostrei o Beco do Gatinho, no São Cristóvão. Agora encontrei a Rua do Gatão (ou dos Gatões) no Coroado, e o que elas têm em comum, além de levar nome de felídeo? O abandono da prefeitura e a revolta dos moradores.

E nem é preciso entrar no bairro, pois a Rua do Gatão fica logo bem na Avenida dos Africanos, entre os dois semáforos, na estrada da comunidade que tem sofrido barbárie com a falta de infraestrutura. A sequencia de buraco é tamanha que levou os moradores à revolta. Cansados de esperar pela prefeitura, resolveram fechar a via com pneus, paus, tábuas, madeiras e muito entulho. É assim que essa rua está há quase um mês e só a SEMOSP não ver.

“Não dava mais pra ninguém passar com veículo aqui. Isso aqui tava quebrando os carros que passavam, causando muitos acidentes. Teve um motoqueiro que se acidentou. Aí os moradores e o pessoal que tem comércio aqui resolveu fechar pra ver se a prefeitura se toca e vem arrumar essa vergonha aqui, só que até agora nada”, denuncia o funcionário de uma empresa da área que não quis se identificar.

Outro cidadão que se identificou como Silas, e é morador do bairro, acrescentou que este é o retrato do bairro Coroado, que vive desassistido dos benefícios da prefeitura e culpa o prefeito Edivaldo Holanda Jr pelo estado calamitoso que se encontra. “Isso aqui é o tratamento que o Coroado tem desse prefeito (Edivaldo Holanda Jr). Aqui se você entrar vai ver que as outras ruas não são diferentes, é só buraco e lama. Ele (o prefeito) deveria ter o mínimo de decência e respeito com nós daqui porque o nosso bairro está abandonado por esse prefeito”, desabafou.

Por tanto esta é mais uma realidade da desordem que se estabeleceu na infraestrutura da capital dos buracos, que tem ruas com nome de gatos, mas o tratamento é de cachorro vira-lata abandonado.

E a Rua do Gatão (ou dos Gatões), que deveria ser uma via de passagem para pedestres e veículos, agora se transformou em estacionamento.

É, meus caros amigos, coincidência ou não, nem gatinho, nem gatão. Em se tratando de rua esburacada, o Edivaldo não arruma, não, pra revolta geral da população. E só ele não sabe que assim, que tratando a cidade com tamanho descaso não vai ter reeleição.

SERÁ PRECISO UMA TRAGÉDIA PARA A PREFEITURA RECUPERAR A GALERIA CRUEL NO "BECO DO GATINHO"?

Este buraco que você ver, trata-se de uma vala ocasionada pelo rompimento de uma galeria numa rua conhecida como "Beco do Gatinho", no bairro São Cristóvão, uma via transversal da avenida Guajajaras, localizada entre os Bancos: Bradesco e Caixa. Apesar de um nome ou apelido meigo (ou fofinho como diria minha filha), a entrada, no entanto, é uma crueldade para quem a utiliza, por conta da irregularidade na infraestrutura existente há quase um ano, e representa um risco constante a quem trabalha ou apenas passa pelo local. E mesmo já tendo feito várias vítimas, o clamor de populares junto a SEMOSP, ainda não foi suficiente para sensibilizar a prefeitura de São Luís a recuperá-la.

Este ponto funcionava uma espécie de boca de lobo para escoamento de águas pluviais, mas está tudo quebrado e entupido pelo lixo lixo que se acumula dentro do buraco. Populares e ambulantes que vivem o drama, afirmam que quando chove, o local vira uma espécie de armadilha, pois com a enchente, a área fica toda inundada, deixando vulnerável a vida de trabalhadores lojistas e do comércio informal, bem como a de transeuntes, motoristas, motoqueiros que por ali passam. "Aqui já ficou carro, moto, já vi carro quebrar, porque tava chovendo e o motorista passou de vez e o carro dele se arrebentou todo, porque quem não conhece isso aqui, na hora de uma chuva se acaba mesmo dentro desse buraco e aqui ta ficando cada vez pior", conta um ambulante que preferiu não se identificar, por medo de represália.

Segundo os ambulantes, transeuntes também são vítimas da armadilha. Entre os relatos, me chamou atenção um caso em que a vítima era uma idosa. "Tinha acabado de chover e a senhora aposentada, tava saindo aqui do banco (Caixa) e vinha aqui pra pegar ônibus (uma parada bem próximo). Quando atravessava, ela não viu que aqui tinha um buraco, e caiu dentro, se machucou toda, coitada. A gente que correu aqui pra socorrer essa mulher, muito humilhante isso aqui", relata um comerciante.

Eles afirmam também que até uma comissão já formada pra revindicar melhorias junto a a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (que pasmem, fica a poucos metros do local), mas a SEMOSP, mesmo se comprometendo em resolver o problema, nunca deu uma resposta.

Mediante o perigo constante que representa esta galeria rompida em local de grande fluxo de pessoas em plena avenida Guajajaras, por onde passam, perincipalmente idosos e deficientes (que utilizam os bancos para receber seus benefícios), será se a prefeitura aguarda mesmo é por acontecer uma tragédia para tomar as providências e chorar o caldo derramado?

Pelo visto, como o problema (danoso a coletividade) fica ao lado de um banco, é possível até que a SEMOSP queira se eximir, transferindo responsabilidade à instituição financeira.

EDIVALDO, "PREFEITO AMIGO DA CRIANÇA"? TRATANDO A EDUCAÇÃO COMO LIXO É NO MÍNIMO BRINCADEIRA DE MAU GOSTO, PRA NÃO DIZER CRIME

O Prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr foi agraciado em um curto período com duas baladas premiações: de “prefeito empreendedor” e de “prefeito amigo da criança”. Eu vou me ater ao último, recebido recentemente. É que São Luís foi uma das 102 cidades do Brasil, parceiras da Fundação Abrinq, que cumpriram metas estabelecidas pela referida entidade, na promoção de políticas públicas nas áreas de saúde, educação e proteção da infância e adolescência. Mas... Êpa, peraí caceta!!

Amigo da criança é um prêmio para o prefeito que soube zelar pela educação das crianças do seu município, não é isso? Então acho que tem alguma coisa errada no nosso estimado prefeito ter sido contemplado com a tal condecoração, senão vejamos.

Na atual administração as crianças da rede municipal passaram boa parte do tempo fora da sala de aula. As causas? As sucessivas greves dos professores, que por várias vezes cruzaram os braços por longo períodos para revindicar garantias de trabalho e direitos descaradamente desrespeitados pelo prefeito, entre eles, o reajuste salarial (a tempos defasado), que pasmem, esse dinheiro (que nem é oriundo dos cofres do município) é repassado pelo governo federal através do FUNDEB (FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO), mesmo assim, insensivelmente foi lhes negado. Mas existem outras coisas que provam que essa amizade do Senhor Prefeito com as crianças de São Luís é falsa, quer ver?

O prefeito Edivaldo Holanda Jr, contrariando suas promessas de campanha, de que faria reformas nas escolas somente no período de férias, passou a fazer pequenos serviços (porém intermináveis), exatamente dentro do calendário escolar, comprometendo as aulas das crianças. Várias outras escolas ficaram fechadas por muito tempo, pois estavam sem as mínimas condições em suas estruturas físicas para a permanência dos alunos. Lembrando que ainda existem escolas amargando nessas malditas reformas outras sequer as viram.

O prefeito também retirou a segurança de dentro das escolas, passou a dar calote nas empresas (marca desta gestão, que demonstra não gostar de pagar ninguém, e olha que o prefeito é evangélico, mas esqueceu do ensinamento bíblico que o trabalhador é digno do seu salário), os trabalhadores, sem receber seus vencimentos passaram a fazer greve e depois obrigados a abandonar as escolas. O resultado disso foi um caos generalizado, com os bandidos invadindo as unidades escolares para furtas equipamentos, assaltar professores, alunos, e levando o terror pra dentro desses estabelecimentos de ensino. Como uma espécie de retaliação do prefeito, os educadores e as crianças e demais estudantes passaram a se sentir acuados, desprotegidos, abandonados.

Ahhh e ainda teve o conto de fada das “escolas de tempo integral”, tema tanto defendido na campanha eleitoral de 2012 (e que se tivesse sido implantado seria o grande avanço da educação nos últimos tempos e marcaria a atual administração), mas que foi esquecido logo depois que o Edivaldo assumiu. Hoje o município conta com apenas uma triste escola com esse título: a creche UEB Recanto dos Pássaros, na Cidade Operária, que até chegou a funcionar de 2014 a 2015, e parou por ai.

Parou porque o prefeito (amigo da criança) abandonou este escola, que até tem uma boa estrutura, mas que não serve pra nada. Deixou de pagar as professoras e cuidadoras contratadas, depois mandou demitir todo mundo (até pouco tempo ainda tinha gente que não havia recebido). A denúncia foi feita a este blog por João Mendes, pai de duas crianças que estudam na referida UEB. Segundo ele, essa escola que atende cerca de 200 crianças de comunidades carentes da região, na faixa-etária de dois a cinco anos de idade, só chegou a funcionar em tempo integral (e de forma precária) no período de um ano, graças ao emprenho e doações dos próprios pais. Hoje não tem as mínimas condições de atender aos pequeninos dignamente.

Entre as irregularidades existentes, Mendes apontada que os banheiros estão destruídos (crianças usam os mesmos dos adultos para fazerem suas necessidades) e tomam banho em biqueiras do lado de fora; os brinquedos estão quebrados; o anfiteatro cheio de goteiras, tem goteiras também na escola; não há dormitório; os colchões (que os próprios pais compravam porque a prefeitura não fornecia) apodreceram, levando as crianças a dormirem em colchões podres e fedorentos. E ainda, constantemente os pequenos ficam sem aula, além das greves dos educadores, por falta de cuidadores e professores quando estes foram demitidos, por falta d’água, fata de segurança e de merenda escolar, entre outros fatores. Sem falar numa caixa d’água que não é limpa há muito tempo, e as crianças bebem uma água imunda, que diga-se de passagem, esse mesmo reservatório de água se tornou um perigo eminente porque corre o risco de desabar há qualquer momento, causando até um tragédia, devido a fragilidade na sua estrutura.

E os diretores que pra lá são designados, tem que se virar nos 30, até tirar do próprio bolso e contar com a ajuda dos pais para garantir a creche Recanto dos Pássaros em funcionamento, mesmo sem condições.

Revoltados com a situação, por várias vezes os pais já fizeram protestos na porta da instituição, que para o prefeito, é como “passar sabão em cara de cavalo”.

“Essa é a escola que o prefeito oferece aos nossos filhos. É um desrespeito às crianças. O prefeito prometeu escola em tempo integral, nós acreditamos que aqui ia funcionar mesmo, mas ele abandonou. Nós, como somos pobres e não temos condições financeiras, somos obrigados a deixar nossos filhos nessa escola que é uma vergonha”, desabafou o pai revoltado.

Diante dessa situação desfavorável a educação de milhares de crianças da nossa cidade, patrocinada por uma administração truculenta, por desrespeitar professores, abandonar as escolas, maquiar a realidade da educação com dados falsos, afrontar os direitos e a dignidade da criança e do adolescente, comprometendo e o futuro de filhos e filhas de pessoas humildes, pode-se afirmar que um prefeito desses é amigo de criança?

O prêmio de prefeito empreendedor pode até ser simpático. Pode ser que o Senhor Edivaldo Holanda Jr tenha alguma empresa bem administrada por ele, e por tanto, merecedora de um destaque desta magnitude, agora amigo de criança??

Qual a criança?

Fala sério... Isso só pode ser piada!

Aliás, o bom senso irá preconizar que atitudes dessa natureza, praticadas por um prefeito que trata a educação como lixo, ferindo violentamente o futuro das crianças, é no mínimo uma brincadeira de mau gosto, pra não dizer crime.

QUANTOS MAIS TERÃO QUE MORRER NA BR 135 DIANTE DA OMISSÃO DO DENIT E DO SILÊNCIO DAS AUTORIDADES? MANIFESTAÇÕES SÓ A CADA NOVA TRAGÉDIA, ATÉ PASSAR A CRISE

Eu constantemente tenho questionado no meu programa de rádio (Conexão 560, na Educadora AM, das 15h30 às 17h): quantos mais terão que morrer na BR 135 por conta da omissão do DENIT e do silêncio das autoridades com relação a obra de duplicação da rodovia que mais mata no Maranhão, que nunca acaba e torra um dinheiro que foge nosso controle? A pergunta que não tem tido resposta é a mesma que inquieta a todos os maranhenses que vivem o drama de trafegar diariamente pela rodovia da morte com medo de ser a próxima vítima. Agora mais uma tragédia, desta vez com oito mortos num só acidente, entre eles três crianças (duas delas de colo).

Na fatalidade deste domingo (03/07), uma caçamba de uma empresa que presta serviço a prefeitura de São Luís, transportando o lixo da capital para município de Rosário, invadiu a contramão e colidiu frontalmente com um veículo corsa que vinha do município de Humberto de Campos a São Luís com oito pessoas (dois homens, três mulheres e três crianças, duas delas de colo, segundo informação do corpo de Bombeiros). Todas morreram. Ainda de acordo com as informações, parte das vítimas era de uma mesma família e vinha a Capital para fazer tratamento de saúde.

Li nas redes sociais vários comentários atribuindo culpabilidade para este trágico acidente, como por exemplo, a condução das crianças sem os devidos equipamentos de segurança; a falta do uso do cinto de segurança; o excesso de passageiros no veículo e até a imprudência, que são fatores perfeitamente compreendidos neste contexto, mas também não podemos deixar de lado um grande e talvez, o maior dos culpados: o governo federal por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DENIT) pela falta de respeito com os maranhenses diante da morosidade com que vem tocando a obra de duplicação desta rodovia tão importante no Estado, principalmente por se tratar do único acesso por via terrestre à capital, mas que oferece péssimas condições de trafegabilidade e riscos de acidentes, o que deveria ser minimizado se atendesse a normas de segurança.

O DENIT começou os trabalhos de duplicação da BR 135 em 2012, com a promessa que a concluiria em pouco menos de dois anos. A obra equivalente à primeira etapa ou lote I (como era denominado pelo órgão), que compreende de São Luís (Estiva) a Bacabeira, orçada em R$ 354,6 milhões, tinha previsão para ser concluída no prazo (reafirmado a época pelo diretor dor órgão Gerardo Fernandes a imprensa) de 720 dias, ou seja, cerca de um ano 11 meses s e alguns dias. E lá já se vão quatro anos e nada de finalização. Já foi alegado até que faltou de dinheiro, pasmem! Já pediram mais recursos, mas os andamentos para a conclusão parece mais difíceis que leite de onça. E tome dinheiro, que se for colocar na calculadora, pode dar até pra triplicar a essa rodovia.

Aliás, ao término do prazo estabelecido para a entrega que não aconteceu, a sociedade civil começou a cobrar explicação das autoridades. Nos programas comunitários de rádio, por exemplo, o assunto virou moda, com ouvintes questionando o porque da obra não ter sido entregue no prazo estabelecido.

No universo político, o assunto foi bastante explorado em 2014 por espertinhos que denominavam "defensores da BR 135", mas tudo não passou de mera promoção pessoal de período eleitoral. O assunto só ganhou força este ano com a morte da bailarina Ana Lúcia Duarte Silva, durante um assalto quando ela desviava dos buracos que tomaram conta da rodovia. Ai as vozes se levantaram. O próprio governador Flávio Dino e até entidades empresariais maranhenses passaram a pressionar o governo federal pela conclusão da obra, mas pouca coisa aconteceu de lá pra cá, apenas um paliativo com o famoso tapa-buracos realizado para amenizar a crise instalada a época, e ficou por ai. Quanto às cobranças, parece malhar em ferro frio e as vozes que a defendem, não tem passado de discursos evasivos com tom meramente político.

Enquanto isso, vidas (inclusive de inocentes) estão sendo ceifadas, como este mais novo fato trágico com oito pessoas que deixaram familiares sem seus entes. Lares sem pai, sem mãe, sem irmãos, sem irmãs, sem uma, duas, três crianças e toda a população chocada. Tudo pela omissão, descaso e irresponsabilidade daqueles que deveriam garantir as mínimas condições de infraestrutura para que o cidadão tenha o direito de ir e vir com segurança e tranquilidade nesta rodovia, que pela situação de abandono que vive, se tornou a rodovia da morte.

Aqui não queremos afirmar com propriedade profética que a duplicação da BR 135 será o fim dos acidentes e das tragédias no seu percurso, mas certamente será um fator de relevância para redução de registros desta natureza. E mais: foi feito um orçamento com o dinheiro público para esta finalidade, o que não tem tido o devido resultado.

O DENIT garantiu com todas as letras em 2012 que em 730 dias os maranhenses teriam a BR 135 recuperada e duplicada, o que não aconteceu até hoje. Orçamento para isso tinha. Só ninguém sabe onde foi parar. Sabe-se apenas que as obras pararam, e embora retomada de uns dias pra cá, anda a passos de cágado, e não querendo parafrasear o nome do anfíbio, pode-se dizer que a obra está uma porcaria.

Mais uma vez as vozes políticas se levantarão nas Casas Legislativas, no Maranhão e em Brasília. E em ano eleitoral, ainda vão aparecer caras de pau dizendo que tem a solução. Na verdade, o assunto continuará sendo lembrado neste momento, mas passada a crise, tudo vira carnaval e as vozes que falam pelo povo e em nome do povo se calarão novamente e só votarão a ecoar quando houver novas tragédias.

Quanto a nós, que estamos de fora do que pode rolar por trás dessa cortina de descaso, omissão, insensatez, só nos resta a inquietação e a pergunta que não quer calar: quantos mais terão que morrer em acidentes na BR 135 até (sabe-se lá) o DENIT concluir essa obra?